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Bolsonaro quer fim da multa de 40% do FGTS paga ao trabalhador

A equipe econômica já propôs ao presidente Jair Bolsonaro o fim da multa de 40% cobrada sobre o saldo do FGTS nos casos de demissão sem justa causa. Segundo interlocutores do governo, a ideia é a preferida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mas diante da resistência que essa medida poderia enfrentar, outras possibilidades são avaliadas.

Uma opção que também está sobre a mesa é não extinguir a multa, mas mudar sua destinação. Ela não seria paga aos demitidos e sim direcionada a um fundo público ou um programa social. O martelo vai ser batido na próxima semana.

O presidente sinalizou nesta sexta-feira (19) que defenderá o fim da multa de 40% sobre o FGTS. Para Bolsonaro, a regra é um peso para empregadores.

“É quase impossível ser patrão no Brasil”, disse Bolsonaro em entrevista a jornalistas, após um evento organizado pela igreja Sara Nossa Terra. “Precisamos falar a verdade. Falar do trabalhador dá mais voto”, prosseguiu o presidente ao informar sobre os planos do governo de acabar com a multa de 40% sobre o FGTS, paga a trabalhadores em caso de demissão sem justa causa.

Enquanto não apresenta soluções para os mais de 14 milhões e desempregados, Bolsonaro diz que o problema são os direitos trabalhistas que precisam ser flexibilizados “para estimular a contratação no mercado formal”.

“Acha que eu estou feliz com 14 milhões de desempregados? Como é que eu vou empregar alguém e o cara vai falar: sabe a dificuldade? Conhece a CLT? Você paga outro salário. É difícil. E, olha só, na guerra comercial do mundo, temos uma das mãos de obra mais caras que existem. Qual é a nossa tendência? Continuarmos vivendo de commodities. Até quando?”, justificou o presidente.

De acordo com reportagem do jornal “O Globo”, a proposta de acabar com a multa do FGTS está nos planos do ministro da Economia Paulo Guedes, que deu o primeiro passo flexibilizando os saques, inclusive de contas ativas, que o governo adiou o anuncio para semana que vem por conta da preocupação de que a liberação de recursos pudesse comprometer o financiamento habitacional.

“Lógico que eles têm a preocupação deles. Eu também tenho, é parecida com a deles. Não queremos que o projeto pare, afinal de contas o meu pai foi comprar a primeira casa na vida dele quando eu tinha 35 anos de idade”, completou o presidente.

Redação SRzd

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