Bolsonaro critica governadores do Nordeste: ‘educação na região forma militantes desinformados’

Jair Bolsonaro em inauguração de colégio militar em SP. Foto: Carolina Antunes/PR

Jair Bolsonaro em inauguração de colégio militar em SP. Foto: Carolina Antunes/PR

Durante inauguração na manhã desta segunda-feira (3) da pedra fundamental do Colégio Militar de São Paulo, no aeroporto Campo de Marte, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar governadores do Nordeste e afirmou que a educação na região forma militantes e desinforma.

Bolsonaro criticou que a decisão de oito dos nove governadores do Nordeste em não aderir à iniciativa do Ministério da Educação (MEC) para a instalação de colégios cívico-militares na região. “Para eles, a educação vai indo muito bem, formando militantes e desinformando, lamentavelmente”, afirmou.

O ataque do presidente vem no mesmo dia em que Flávio Dino, governador do Maranhão, anunciou pelo Twitter que o novo piso salarial para professores que trabalham 40 horas semanais nas escolas do Estado será de R$ 6.358,96. Atualmente, o piso nacional é de R$ 2.886,24.

O governador do Maranhão respondeu, através das redes sociais, a declaração de Bolsonaro. Dino afirmou que “Aqui no Maranhão não ‘inauguramos’ pedra fundamental de escola. Aqui a gente inaugura escola. Pronta”, escreveu.

“Aqui no Maranhão não ‘inauguramos’ pedra fundamental de escola. Aqui a gente inaugura escola. Pronta. Temos cerca de 1.000 obras educacionais. Centenas de escolas novas. Ou seja, enquanto uns gritam e tentam chamar atenção com confusão, estamos trabalhando com seriedade.”

Vale destacar que o governo do Maranhão expandiu o ensino integral a 74 escolas, ou seja, 25 unidades a mais que no ano passado e uma Escola Bilíngue, com Educação Infantil, a primeira do estado nesta modalidade.

Lançado por Jair Bolsonaro em setembro do ano passado, o programa nacional das escolas cívico-militares é de adesão voluntária por estados e municípios. São Paulo, Rio e oito estados do Nordeste rejeitaram a proposta.

Só em 2020, há previsão de investimento em R$ 54 milhões para a implementação do projeto das escolas cívico-militares, mas não há definição, até o momento, de todas as unidades que farão parte do modelo. As escolas que aderirem ao programa não terão processo seletivo para ingresso dos alunos.

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