Bolsonaro critica Enem e defende que professores tenham aulas gravadas por alunos

Jair Bolsonaro. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Jair Bolsonaro. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, voltou a defender que professores tenham aulas gravadas por alunos, para que eles sejam denunciados por supostas “doutrinação” ideológica.

Ao ser questionado se concorda com a sugestão da deputada estadual eleita em Santa Catarina pelo PSL Ana Caroline Campagnolo, Bolsonaro disse nesta segunda-feira (5) em entrevista à “Band” que os professores devem se “orgulhar” e não ficar preocupados, caso algum aluno decida gravar as aulas.

“Professor tem que se orgulhar e não ficar preocupado. Mau professor é o que se preocupa com isso aí”, disse Bolsonaro que criticou o que chamou de “doutrinação desacerbada” em questões do Enem, aplicado no último domingo em todo o Brasil.

Bolsonaro disse que “é um vexame ver o que cai na prova do Enem” e defendeu que se cobre “o que tem a ver com a questão do Brasil e da cultura”.

“Uma questão de prova que entra na dialética, na linguagem secreta de travesti, não tem nada a ver, não mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar para que no futuro a garotada se interesse mais por esse assunto. Temos que fazer com que o Enem cobre conhecimentos úteis”, disse o capitão reformado.

O presidente eleito se referiu a uma questão que trouxe um texto sobre “pajubá, o dialeto secreto dos gays e travestis” e perguntou por que “pajubá” ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico”.

“Não tenho implicância com LGBT, mas uma questão de prova que entra na linguagem secreta de gays e travestis não medem conhecimento nenhum. Temos que fazer com que o Enem cobre conhecimentos úteis para a sociedade”, completou.

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