Bolsonaro: ‘Covid-19 pode ser vírus da guerra nuclear bacteriológica que escapou de laboratório’
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a pandemia do novo Coronavírus pode ser resultado de uma “guerra nuclear bacteriológica” entre os países e que o vírus pode ter “escapado” de um laboratório.
“Eu não posso falar isso. Isso existe, os países se preparam para guerras, até com bombas. Aí tem a guerra nuclear, bacteriológica, pessoal mexe com vírus em laboratório, pode ter escapado isso aí”, disse o presidente a um apoiador na noite desta quarta-feira (28) em frente ao Palácio do Alvorada.
O homem havia questionado Bolsonaro se a pandemia é algo criado estrategicamente para “derrubar” a economia dos países.
Em seguida, o apoiador questionou sobre o conceito de “ordem mundial”, e o presidente respondeu: “Isso existe, lógico. Eu não quero entrar em detalhes, se não tivesse ninguém gravando aqui eu falaria mais coisas, mas como está gravando eu vou evitar falar”, disse em tom irônico.
No dia 21 de abril, logo no início da pandemia no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) negou que o Coronavírus tenha saído de um laboratório.
O pronunciamento veio após os Estados Unidos anunciarem uma investigação sobre como o vírus se espalhou pelo mundo e o presidente Donald Trump insinuar que seu surgimento aconteceu no laboratório do Instituto de Virologia, na cidade chinesa de Wuhan.
No vídeo, de pouco mais de um minuto, Bolsonaro não apresentou provas sobre suas afirmações. Assista:
O Presidente do Brasil diz que a Covid-19 pode ser um vírus da “guerra nuclear bacteriológica” que escapou de um laboratório.
Também confirma a existência da “nova ordem mundial” pic.twitter.com/96L2I5K6GO— Samuel Pancher (@SamPancher) October 29, 2020
No mesmo encontro com apoiadores, Bolsonaro também comentou sobre o preço da hidroxicloroquina no “câmbio negro”. O medicamento é defendido pelo presidente como solução contra a Covid-19, mas não tem eficácia comprovada pelas autoridades de saúde.
“Aqui, a hidroxicloroquina, em Brasília, custava R$ 60 a caixinha de 30 comprimidos, passou a R$ 900 no câmbio negro, não na farmácia. Vendia por fora. Você compra, né? Tá precisando, pô”, afirmou.
O Presidente da República reclama do preço de um remédio no “câmbio negro” pic.twitter.com/sLSQT4Drmx
— Samuel Pancher (@SamPancher) October 29, 2020
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