Bolsonaro chama de ‘marola’ investigações do caso Marielle Franco

Jair Bolsonaro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Jair Bolsonaro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (15) que ficou “chateado” ao ler notícias divulgadas sobre um possível mandado de busca e apreensão na casa de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco. As declarações foram dadas pelo chefe do Executivo ao chegar no Forte dos Andradas, em Guarujá, litoral de São Paulo.

“A vida toca. Vi uma matéria agora de que o PT quer fazer uma busca e apreensão na casa de um filho meu no Rio de Janeiro. O pessoal vê sobre busca e apreensão e pensa que está metido com coisa errada”, declarou Bolsonaro.

O capitão da reserva ainda disse que fica incomodado com as acusações: “Eles querem é saber se eu tenho ligação com o caso Marielle. Não conseguiram nada comigo, vão pra cima de um filho meu. É muita marola, mas deixa a gente chateado, não há dúvidas”.

O presidente ainda questionou o “que teria a ver com a morte desta senhora”. “Tem 150 pessoas morando no meu condomínio, agora se roubam uma galinha vão me acusar de ter feito uma galinhada”, completou.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) apresentou no último dia 8 de novembro uma petição no Supremo contra Bolsonaro por suposta obstrução à Justiça nas investigações.

Reportagem do “Jornal Nacional” divulgada no fim de outubro revelou que um dos porteiros afirmou em depoimento à polícia que registrou no livro de visitantes o nome de Queiroz, o modelo do carro, um Logan, a placa, AGH 8202, e a casa a que o visitante iria, a de número 58, que pertence ao presidente Jair Bolsonaro. Queiroz é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no assassinato da vereadora e do motorista.

De acordo com o depoimento revelado pelo jornal, o porteiro contou que, depois que Élcio entrou, ele acompanhou a movimentação do carro pelas câmeras de segurança e viu que o carro tinha ido para a casa 66 do condomínio. A casa 66 era onde morava Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson. Lessa é apontado pelo Ministério Público do Rio e pela Delegacia de Homicídios como autor dos disparos.

Os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que o então parlamentar estava em Brasília no dia. O Ministério Público afirmou que o porteiro mentiu.

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