Bolsonaro diz que Argentina escolheu mal e não irá parabenizar presidente eleito

Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante partida dos Emirados Árabes Unidos. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante partida dos Emirados Árabes Unidos. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O presidente Jair Bolsonaro disse que não vai cumprimentar agora o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, vencedor em primeiro turno nas eleições no país vizinho.

O pronunciamento das urnas marca virada no quadro político argentino. Com 96,22% das urnas apuradas na noite de domingo (27), a Chapa Fernández-Cristina havia conquistado 48,03% dos votos contra 40,44% do atual presidente, Maurício Macri.

“Não pretendo parabenizá-lo. Agora não vamos nos indispor. Vamos esperar o tempo para ver qual a posição real dele na política. Porque ele vai assumir, vai tomar pé do que está acontecendo, e vamos ver qual linha que ele vai adotar”, disse Bolsonaro nesta segunda-feira (28) na partida dos Emirados Árabes Unidos, onde esteve desde sábado (26), informa a jornalista Ana Estela de Sousa Pinto do jornal “Folha de S.Paulo”.

Jair Bolsonaro disse lamentar o resultado das eleições, relata a jornalista: “Lamento. Não tenho bola de cristal, mas acho que a Argentina escolheu mal. O primeiro ato do Fernández foi já Lula livre, dizendo que ele está preso injustamente. Já disse a que veio.” Também não há, no momento, expectativa de manifestação do Itamaraty, segundo Bolsonaro.

O presidente brasileiro descartou, porém, a possibilidade de o Brasil deixar o Mercosul, como havia cogitado anteriormente. Em vez disso, falou em “afastar a Argentina” se a eleição do peronista afetar o acordo entre os blocos.

“Não digo que sairemos do Mercosul, mas podemos juntar ali com o Paraguai, não sei o que vai acontecer nas eleições do Uruguai, e decidirmos se a Argentina fere alguma cláusula do acordo ou não. Se ferir, podemos afastar a Argentina. Mas a gente espera que nada disso seja necessário. Que a Argentina não queira, na questão comercial, mudar seu rumo”, explicou

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