Bolsonaro anuncia a deputados saída do PSL e criação de nova legenda

Jair Bolsonaro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Jair Bolsonaro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (12) que já não faz mais parte do PSL. A decisão foi confirmada em reunião com a bancada do partido, no Palácio do Planalto. Com isso ele se torna o primeiro presidente no exercício do mandato sem legenda desde a redemocratização.

As informações de que Bolsonaro deixaria o partido já circulam desde a última semana em Brasília. Segundo parlamentares, o presidente pretende criar uma nova legenda chamada “Aliança pelo Brasil”. Além de Jair Bolsonaro, o novo partido irá abrigar os filhos e aliados.

A primeira reunião da futura legenda vai acontecer no próximo dia 21. Segundo o jornal “O Globo”, os advogados de Bolsonaro já consultaram o TSE sobre a possibilidade de colher assinaturas de forma eletrônica para o registro da nova sigla.

A saída do do chefe do Executivo deve causar uma debandada no PSL, que pode se fundir com outra legenda alterando a dinâmica de forças dentro do Congresso Nacional.

Em duas décadas de carreira política, Bolsonaro passou por oito partidos: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL.

Bolsonaro x PSL

Bolsonaro se filiou ao PSL, partido fundado por  Luciano Bivar ainda na década de 90, em 7 de março de 2018 para disputar as eleições presidenciais. A presença dele fez da sigla a segunda com mais cadeiras da Câmara, atrás apenas do PT.

O racha entre Bolsonaro e o PSL aumentou no começo do mês passado, quando ele disse a um apoiador para “esquecer” o partido. Também disse que Bivar está “queimado”.

O presidente do PSL é acusado de participação em um esquema de candidaturas laranjas. Ele teria apoiado o repasse de R$ 400 mil em verbas do fundo partidário para uma candidata “laranja” em Pernambuco. Maria de Lourdes Paixão, 68 anos, teria sido a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o país.

Bivar afirmou que o conservadorismo radical, representado pelo “clã Bolsonaro”, não tem mais espaço junto do liberalismo de parte da legenda.

“Você tem hoje um conservadorismo radical e você tem um liberalismo. Essas duas correntes provavelmente não podem viver sob o mesmo teto”, disse ele, durante participação no programa “Em Foco”, com a jornalista Andréia Sadi.

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