Bolsonaro afirma que Renda Brasil não será mais criado

Paulo Guedes e Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira(15) que o governo não irá mais criar o programa Renda Brasil, uma ampliação do Bolsa Família e que substituiria o auxílio emergencial, previsto para terminar em dezembro.

Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o presidente afirmou que o governo não irá congelar aposentadorias ou reduzir auxílios a idosos e deficientes para financiar o programa, e que não vai aceitar propostas deste tipo.

Informações sobre essas possíveis ações para sustentar o programa social foram citadas pela imprensa. Bolsonaro chamou o ministro da Economia, Paulo Guedes, para uma reunião de emergência e chamou as medidas para buscar receitas para o Renda Brasil de “devaneio” e disse que daria um “cartão vermelho” a quem lhe apresentasse essas propostas.

“Eu já disse há poucas semanas que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar para os paupérrimos. Quem, porventura, vier a propor uma coisa como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa. Gente que não tem um mínimo de coração, um mínimo de entendimento de como vivem os aposentados do Brasil. Vou dizer para vocês. De onde veio? Pode ser que alguém da equipe econômica tenha falado sobre esse assunto. Pode ser. Mas, por parte do governo, jamais vamos congelar salários de aposentados bem como jamais vamos fazer com que o auxílio para idosos e pobres com deficiência seja reduzido para qualquer coisa que seja. Para encerrar: até 2022 no meu governo está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com Bolsa Família e ponto final”, afirmou o presidente.

“Não foi para mim”, diz Guedes sobre ameaça de “cartão vermelho” 

Após Jair Bolsonaro afirmar que não irá insistir na criação do Renda Brasil e ameaçar dar um “cartão vermelho” em função dos estudos da equipe econômica para congelar aposentadorias e outros benefícios para bancar o programa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o problema não era com ele.

“O cartão vermelho não foi para mim. Conversei com o presidente hoje cedo. Conversamos sobre as notícias dos jornais. Eu lamentei muito essa interpretação porque, na verdade, tem uma PEC falando justamente em devolver a classe política brasileira o comando sobre os orçamentos públicos”, afirmou Guedes de acordo com reportagem do UOL.










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