Bolsonaro afirma que ‘chance de golpe é zero’, defende urna eletrônica e diz que não errou na pandemia

Jair Bolsonaro no DF. Foto: Reprodução da TV

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a chance de um golpe de Estado no Brasil “é zero”. A declaração foi dada em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (23). No bate-papo, Bolsonaro também defendeu a urna eletrônica e disse que não errou na condução do combate à pandemia no país.

“Daqui para lá, a chance de um golpe é zero. De lá pra cá, a gente vê que sempre existe essa possibilidade”, disse o presidente, fazendo referência aos processos de impeachments movidos pela oposição.

Depois do Congresso Nacional ter barrado o voto impresso, Bolsonaro recuou e deu uma declaração em defesa da urna eletrônica.

“Olha só: vai ter eleição, não vou melar, fique tranquilo, vai ter eleição. O que o Barroso está fazendo? Ele tem uma portaria deles, lá, do TSE, onde tem vários setores da sociedade, onde tem as Forças Armadas, que estão participando do processo a partir de agora. As Forças Armadas têm condições de dar um bom assessoramento. Com as Forças Armadas participando, você não tem por que duvidar do voto eletrônico. As Forças Armadas vão empenhar seu nome, não tem por que duvidar. Eu até elogio o Barroso, no tocante a essa ideia — desde que as instituições participem de todas as fases do processo”, afirmou.

Combate à pandemia

Sobre sua atuação durante à pandemia de Covid-19 no Brasil, Bolsonaro insistiu que fez tudo certo, mas voltou a defender a cloroquina, remédio cuja eficácia não é comprovada para o combate ao coronavírus.

“Não errei em nada. Fui muito criticado quando falei que ficar trancado em casa não era a solução. Eu falava que haveria desemprego — e foi o que aconteceu”, disse.

“A hidroxicloroquina nunca matou ninguém. O militar na Amazônia usa sem recomendação médica. Ele vai para qualquer missão e coloca a caixinha no bolso. O civil também. Você nunca ouviu falar que na região Amazônica morre gente combatendo a malária por causa da hidroxicloroquina. Criou-se um tabu em cima disso”, completou.

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