Bolsonaro admite derrota do voto impresso: ‘Barroso apavorou parlamentares’

Jair Bolsonaro e Luís Roberto Barroso. Foto: Reprodução/Youtube

O presidente Jair Bolsonaro reconheceu a derrota do voto impresso, sua principal pauta na Câmara de Deputados nos últimos meses. Para ele, mesmo que o presidente da casa legislativa, Arthur Lira, leve a proposta para votação no plenário, como afirmou no fim de semana que faria, o projeto de lei não tem mais chance de ser aprovado.

“É, [Arthur Lira] vai [levar a proposta para o plenário], mas tivemos uma negociação antes, um acordo, vai ser derrotada a proposta. Porque o ministro Barroso apavorou alguns parlamentares. E tem parlamentar que deve alguma coisa na Justiça, deve no Supremo. Então o Barroso apavorou. Ele foi para dentro do Parlamento fazer reuniões com lideranças e, praticamente, exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso”, disse o presidente em entrevista para a rádio Brado, da Bahia, nesta segunda-feira (9).

Lira prevê para esta terça-feira (10) a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso. Com isso, ele atende aos apelos tanto da oposição quanto do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, que almejam retirar o assunto da pauta da Casa o mais rapidamente possível, para que os deputados possam se preocupar com matérias consideradas mais importantes.

Líderes de vários partidos vêm fechando posição contrária à matéria que tem motivado, inclusive, ataques de Bolsonaro a membros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial, ao ministro Luís Roberto Barroso, que é um dos defensores do atual sistema eletrônico de votação.

Para ser aprovada, a PEC, de autoria da deputada Bia Kicis, do PSL), terá de obter o apoio de três quintos dos parlamentares, ou seja, no mínimo 308 deputados, em dois turnos de votação. Depois disso, precisará ser apreciada pelo Senado e conseguir, no mínimo, 49 votos, também em dois turnos de votação.

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