Bolsonaro abasteceu rachadinha junto à filha de Queiroz, diz jornal

Nathalia Queiroz, Fabrício Queiroz e Jair Bolsonaro. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Reprodução de Internet

Nathalia Queiroz, Fabrício Queiroz e Jair Bolsonaro. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Reprodução de Internet

Os dados da quebra de sigilo bancário de Nathalia Queiroz mostram que ela transferiu R$ 150,5 mil para a conta do pai, Fabrício Queiroz, entre janeiro de 2017 e setembro de 2018, período em que era contratada do gabinete do então deputado Jair Bolsonaro. O valor representa 77% do valor que a personal trainer recebeu na Câmara.

De acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, os extratos mostram que a filha de Queiroz continuou repassando a maior parte de seu salário ao pai mesmo quando empregada no gabinete de Bolsonaro.

Os repasses seguem o mesmo modus operandi da “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa de São Paulo. Os extratos bancários de Nathalia reforçam as suspeitas de que ela era uma funcionária fantasma nos gabinetes de Jair e Flávio Bolsonaro.

Ela é personal trainer e recebeu depósitos do ator Bruno Gagliasso e de academias do Rio de Janeiro enquanto trabalhava para a família Bolsonaro.

Nathalia Queiro e Fabrício Queiroz. Foto: Reprodução de Internet
Nathalia Queiro e Fabrício Queiroz. Foto: Reprodução da Internet

A quebra de sigilo bancário, uma das fontes de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi autorizada pela Justiça.

Em termos de comparação, o Ministério Público fluminense teria identificado que 82% do salário de Nathália foi repassado ao pai quando ela trabalhava com Flávio, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), entre 2007 e 2016.

Os promotores apontam uma semelhança na dinâmica realizada pela personal trainer nos dois períodos. O dinheiro era transferido, segundo o jornal, em até uma semana após o recebimento do salário, que acontecia no final do mês.

A defesa de Fabrício Queiroz informou que os repasses seguiam a lógica de “centralização das despesas familiares na figura do pai”. A Presidência da República foi procurada, mas não comentou o assunto.










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