Barbárie: Morte no Sergipe gera revolta e especialista cita execução

Morte de Genivaldo após atuação da Polícia Rodoviária Federal. Foto: Reprodução de vídeo

Morte de Genivaldo após atuação da Polícia Rodoviária Federal. Foto: Reprodução de vídeo

Os agentes da PRF, a Polícia Rodoviária Federal, envolvidos numa abordagem que terminou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, admitiram que fizeram uso de spray de pimenta e gás lacrimogêneo. A informação consta do boletim oficial divulgado pela entidade nesta quinta-feira (26).

Genivaldo morreu após ser preso no porta-malas de uma viatura por policiais rodoviários federais no município de Umbaúba, no sul do estado do Sergipe. O caso que chocou o país e está repercutindo mundialmente aconteceu na tarde da última quarta.

No boletim de ocorrência os agentes também afirmam que Genivaldo faleceu “possivelmente, devido a um mal súbito”. Porém, segundo o IML, o Instituto Médico Legal de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.

Na avaliação do professor Felipe Freitas, do IDP, o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, o caso não se trata somente de abuso da autoridade policial, mas de escolha por executar a vítima.

“Não há dúvida que é caso de execução. Se trata de sessão de tortura seguida de execução. Não estamos falando, a meu ver, sequer de uso abusivo da força policial. Não me parece que foi um desequilíbrio, perda de controle, mas uma decisão”, disse em entrevista ao UOL News.

Logo após o sepultamento de Genivaldo, realizado nesta tarde, populares saíram em protesto pelas ruas de Umbaúba. O homem sofria de esquizofrenia e se tratava com medicamentos, deixa sua esposa e filhos.

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