Aumento de casos de Covid-19 faz hospitais privados cancelarem cirurgias

Alta hospitalar. Foto: Reprodução de Internet

O aumento dos casos de Covid-19 está levando hospitais privados de São Paulo e de outros estados a aumentar o número de leitos disponíveis para o tratamento de pacientes infectados e reduzir a realização de cirurgias que não sejam emergenciais.

Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, pelo menos nove unidades hospitalares paulistas ampliaram as alas destinadas à doença devido ao aumento das internações. O volume de cirurgias programadas envolvendo casos de menor complexidade também foi reduzido.

No Hospital Albert Einstein, o número de pacientes praticamente dobrou em apenas um mês. As internações passaram de 55 – número considerado estável – para 106 na quarta-feira desta semana (2) e, com isso, a instituição reduziu o volume de cirurgias programadas, além de transformar leitos comuns em novas UTIs.

Ainda conforme a publicação, o Hospital Samaritano e outras unidades do grupo Américas também aumentou em novembro a quantidade de leitos voltados para pacientes com o novo Coronavírus e reduziu a realização de cirurgias eletivas. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz abriu mais 15 leitos de UTI nas últimas semanas.

O presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp), Francisco Balestrin, destaca que a taxa de ocupação das UTIs em hospitais privados chegou a 84% e 35% das instituições têm adiado a realização de cirurgias eletivas. “É bom que o Estado volte a pensar em aumentar leitos de terapia intensiva, em recriar hospitais de campanha e não ser displicente às grandes aglomerações”, alerta.

O aumento dos casos também vem deixando o Rio de Janeiro em estado de atenção. Os leitos voltados para os pacientes com Covid-19 na rede privada nas regiões da capital, Baixada Fluminense e Região dos Lagos já estão com uma taxa de ocupação de 98%.

No Recife, a média diária de novos casos saltou de 22 para 220 no espaço de um mês. “Em volume de atendimentos na urgência, temos uma segunda onda em Recife que se aproxima do que aconteceu no pico da doença em maio”, diz o presidente do Sistema Hapvida, Jorge Pinheiro.










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