Aulas à distância: nove dicas para turbinar seu cérebro

Aula à distância. Foto: Reprodução

O isolamento social trouxe diversas mudanças em nosso cotidiano; principalmente, na vida dos estudantes. Muitos se viram diante de uma nova realidade, com aulas à distância e plataformas on-line.

Para alguns, esse novo modelo pode trazer algumas vantagens – mais conforto, flexibilidade de horários. Porém, é necessário que o desempenho das habilidades cognitivas esteja em dia, para absorver os conteúdos da melhor maneira e não se deixar levar pelas distrações diárias.

Aulas à distância exigem autodisciplina, autocontrole, concentração, atenção, raciocínio lógico – habilidades cognitivas e sociemocionais, que podem ser desenvolvidas a partir de exercícios cognitivos.

“Nosso cérebro é um órgão muito plástico, ou seja, modificável. Nós sempre usamos todo o potencial cerebral, mas é possível ampliar seus recursos se desenvolvermos mais conexões neurais e torná-las mais acessíveis. Quanto mais desenvolvermos novos circuitos, mais recursos teremos para resolver novos desafios. Para o desenvolvimento destes novos circuitos, a prática de ginástica para o cérebro é muito efetiva. Trata-se de desafios que trazem novidade e variedade com grau de dificuldade crescente”, diz Solange Jacob, Diretora Acadêmica do Método Supera, maior rede de escolas de ginástica para o cérebro da América Latina.

Quando desafiamos nosso cérebro com atividades que nos tiram do piloto automático – seja com neuróbicas (como escrever com a mão não dominante, por exemplo), jogos, exercícios cognitivos ou o ábaco – estimulamos a construção de sinapses e melhoramos a qualidade das conexões, potencializando assim habilidades como memória, concentração, raciocínio e criatividade, essenciais para ter bons resultados nos estudos em casa.

Confira algumas dicas para melhorar a concentração e a atenção, que podem ser fortalecidas com ações simples:

Observe o que acontece ao seu redor: Antes de tudo, faça uma auto-observação. Avalie sua reação diante de uma tarefa complicada, quanto tempo leva para solucioná-la e, principalmente, de quanto em quanto tempo perde a concentração. Mensagens, notícias, e-mails, telefonemas, redes sociais, conversas paralelas ou até mesmo os próprios pensamentos que insistem em invadir a mente na hora que você mais precisa.

Bloqueie os estímulos: Feche a caixa de e-mails, desligue o celular e fique off-line nas redes sociais por um determinado tempo. Além de conseguir terminar suas atividades, será possível observar o que está tirando sua atenção. Você vai ver que vai te sobrar mais tempo. O ser humano é, por instinto, curioso. Se o celular toca ou chega um novo e-mail na caixa de entrada, faremos o possível para saber o que é. Então estabeleça o que é prioridade a cada momento.

Determine o que merece sua atenção: Estabeleça uma meta para seu foco. Comece o dia pensando nos assuntos que vão exigir mais tempo e mais cuidados. Priorize e tenha essas atividades como seu objetivo para concentração.

Use o período mais produtivo a seu favor: Cada pessoa produz mais em determinado período do dia. Aproveite essas horas de pico de criatividade e produção e não gaste tempo resolvendo outras tarefas que podem esperar.

Quebre a rotina com música: a ciência já provou que é possível trabalhar ou estudar enquanto você ouve sua playlist favorita. Isso pode trazer sensação de bem-estar e faz com que os períodos de concentração e distração sejam alternados, que não permite uma rotina cansativa. Mas, lembre-se: a trilha sonora deve ser conhecida, pois a intenção é relaxar e não permanecer envolvido demais com a música.

Faça cálculos no ábaco: exercitar a concentração não é uma tarefa fácil. Contudo, pode ser divertida e trazer muitos ensinamentos.

Organize o ambiente: por um lado, mesas desorganizadas podem ser aliadas na busca pela criatividade, mas se o seu objetivo é concluir as tarefas, a dica é manter a mesa organizada. Isso acontece porque o sistema nervoso tende a se espelhar no ambiente externo.

Forneça energia para o corpo e para o cérebro: uma dieta balanceada também é importante. Comer muitas fibras e quantidades moderadas de gordura e proteína, faz com que seu corpo gaste mais tempo na digestão. Isso faz com que a energia vá para o seu cérebro em um fluxo constante e moderado. Melhorando a performance e a capacidade de atenção e concentração a longo prazo.

Saiba a hora de dar uma pausa: para a neurociência, o cérebro consegue se manter concentrado em uma determinada tarefa no período máximo de 50 a 60 minutos. A dica é estudar durante esse tempo e depois fazer uma pequena pausa de 10 minutos. Dessa forma, as áreas que estão em atividade “descansam” para a próxima jornada.










 

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