Após receber relatório da CPI, Aras diz que vai ‘dar a agilidade necessária à apreciação dos fatos’

Nesta quinta-feira (27), os senadores do grupo majoritário da CPI da Covid-19, o chamado G-7, foram até a Procuradoria-Geral da República (PGR), para entregar em mãos ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o relatório final da comissão aprovado nesta terça-feira (26).

O documento pede o indiciamento de Jair Bolsonaro por diversos crimes, além de atingir ministros e ex-ministros do atual governo, entre outros.

Segundo a PGR, Aras afirmou que com a chegada do relatório, será possível ser ágil na “apreciação dos fatos”.

“Esta CPI já produziu resultados. Temos denúncias, ações penais e civis em curso, autoridades afastadas. E a chegada desse material que envolve pessoas com prerrogativa de foro por função vai contribuir para que possamos dar a agilidade necessária à apreciação dos fatos que possam ser puníveis seja civil, penal ou administrativamente”, declarou.

Ao ser informado pelos senadores da disposição da CPI em fazer a entrega das partes do relatório que estão relacionadas a pessoas que, por lei, devem ser processadas em outras instâncias judiciais, o procurador-geral não só assentiu com a medida como afirmou que essa descentralização “racionaliza o trabalho” e permite que a avaliação seja feita de forma mais rápida.

“Nós temos mais de 150 procuradores e promotores em todo o país que atuam desde o ano passado em assuntos relacionados à pandemia e que poderão contar com esse material para avançar no trabalho”, disse.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), destacou que os senadores buscam justiça.

“Foram mais de 600 mil mortos. Nós não queremos vingança. Queremos justiça. Que as pessoas que contribuíram para isso possam ser responsabilizadas pela Justiça dos homens. Confiamos no trabalho da Procuradoria-Geral da República e de todo o Ministério Público Federal”, ressaltou.

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