Após filiação de Bolsonaro ao PL, Thammy Miranda deixa partido: ‘sofri ataques da família’

Thammy Miranda. Foto: Reprodução/Instagram/Thammy Miranda

Thammy Miranda. Foto: Reprodução/Instagram/Thammy Miranda

Após o presidente Jair Bolsonaro se filiar ao PL, o vereador paulista Thammy Miranda anunciou sua saída do partido. Em um vídeo nas redes sociais, o primeiro homem trans eleito para a Câmara Municipal de São Paulo disse que já sofreu ataques pessoais da família do presidente.

“Com a ida do presidente para o Partido Liberal, do qual eu faço parte, estou dando entrada na minha desfiliação. Eu vou sair do partido. A gente tem ideias diferentes, além de que eu já sofri ataques pessoais de membros da família do presidente, inclusive contra o meu filho, quando ainda era recém-nascido”, afirmou o político.

Em 2020, Eduardo Bolsonaro criticou uma campanha publicitária estrelada por Thammy para o Dia dos Pais.

“Mulher como garoto-propaganda do Dia dos Pais, depois homem para o Dia das Mães. E quem falar o contrário, já sabe, né? É gado, é pessoa raivosa, discurso do ódio e fake news. Assim vão te calando e empurrando goela
abaixo uma conduta totalmente atípica para padrões brasileiros”, escreveu o deputado federal nas redes sociais.

Thammy, eleito em 2020 com 43.297 votos – o nono mais votado da capital – disse que não entrou na política “para atacar ninguém, nem para desrespeitar qualquer pessoa”.

Ele disse ainda que “o meu foco é trabalho, representar pessoas. Vou seguir fazendo o meu trabalho, pelo qual fui eleito, sem me preocupar com o partido, mas de olho no que as pessoas precisam”.

Outra baixa

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), também deixou a legenda. Em entrevista ao UOL, ele ressaltou que a filiação do presidente da República ao partido torna sua presença “incompatível” no partido.

“Talvez eu não seja a pessoa adequada a dar boas-vindas a Bolsonaro no PL. Torna incompatível a minha presença no partido. Muito difícil a minha permanência”, afirmou.

O deputado citou PSB, PSD e Republicanos como exemplos de siglas às quais ele pode se filiar. Na avaliação dele, a sigla ainda vai perder integrantes fiéis com a chegada de Bolsonaro.

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