Após escândalos com leite condensado e picanha, Exército gasta R$ 79 mil com camarão e bacalhau

Prato com bacalhau e camarão. Foto: Pikist

Prato com bacalhau e camarão. Foto: Pikist

Uma empresa foi contratada pelo 2º Grupamento de Engenharia do Exército, localizado em Porto Velho, Rondônia, para executar serviços continuados de manutenção de bens imóveis, com a justificativa de que a contratação é destinada à manipulação de alimentos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23) na coluna Radar, da revista “Veja”.

Serviços de buffet para até 740 pessoas, no valor de R$ 79 mil, e um cardápio que inclui jantar com “camarão, carpaccio de filé mignon, rosbife ao molho mustard e brandade de bacalhau” são itens que estão entre os a serem contratados.

Além do cardápio especial, a contratação prevê o fornecimento de bebidas como chope, whisky e outros destilados, e até mesmo “um pacote de gelo de coco para cada 15 pessoas”. A revelação dos novos gastos incomuns com alimentação se soma a outras contratações polêmicas envolvendo a aquisição de outros alimentos.

O Ministério da Defesa gastou no final de 2021, R$ 535 mil destinados ao combate à Covid-19 em itens como filé mignon e picanha. No mês de março do mesmo ano, o Exército Brasileiro também anunciou gastos de cerca de R$ 730 mil em brindes e materiais para fotografia, incluindo bonecos em miniatura do filme “Rambo”, além de 110 kits para churrasco, acondicionados em maletas de alumínio com gravação a laser na tampa e o brasão da corporação.

Em 2020, o governo federal gastou R$ 15,6 milhões com a aquisição de leite condensado. O custo foi avaliado em R$ 162 por cada lata do produto. Na ocasião, o Ministério da Defesa justificou o gasto alegando que o leite condensado “é um dos itens que compõem a alimentação (dos militares) por seu potencial energético”.

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