Após criticar preços da Petrobras, ministro de Minas e Energia é demitido por Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Bento Albuquerque. Foto: Isac Nóbegra/Presidência

Jair Bolsonaro e Bento Albuquerque. Foto: Isac Nóbegra/Presidência

O presidente Jair Bolsonaro publicou na edição desta quarta-feira (11) do Diário Oficial da União (DOU) a exoneração de Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia, para o seu lugar, escalou o ex-assessor especial do Ministro da Economia, Adolfo Sachsida, que trabalhava como assessor especial no Ministério da Economia.

A mudança ocorre dias após críticas feitas pelo presidente à Petrobras, estatal sob o guarda-chuva do MME. A mudança é vista como um fortalecimento do ministro Paulo Guedes, já que Sachsida é um dos mais antigos integrantes da sua pasta.

Na quinta-feira (5), Bolsonaro citou o ministro Bento Albuquerque e o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, ao reclamar de reajuste no preço do Diesel para as refinarias.

“Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir. Vocês têm lucro, têm gordura e têm o papel social da Petrobras definido na Constituição”, disse o presidente.

Bolsonaro também citou o lucro recorde da estatal, de R$ 44 bilhões, em meio à alta dos combustíveis: “O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem aumentar mais os preços dos combustíveis”.

Nesta semana, a Petrobras anunciou a elevação em 8,87% do preço do diesel para as distribuidoras. O valor médio do litro vendido pela petroleira passou de R$ 4,51 para R$ 4,91. Trata-se do terceiro aumento do ano. Assim, o combustível acumula uma alta no preço de 47%desde janeiro. Preço de gasolina e gás de botijão não terão alteração.

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