Após chamar Bolsonaro de ‘moleque’, Freixo destaca trajetória de Wyllys no parlamento

Freixo destaca trajetória de Wyllys no parlamento. Foto: Reprodução

O Deputado Estadual pelo PSOL Marcelo Freixo saiu em defesa do colega de partido Jean Wyllys.

O parlamentar eleito pelo Rio de Janeiro anunciou que não vai assumir o terceiro mandato seguido no Congresso Nacional, alegando sentir-se ameaçado.

A decisão de Wyllys ganhou repercussão nacional. O clã Bolsonaro, reconhecido desafeto de Jean, manifestou-se nas redes sociais com postagens como “Grande Dia” e “Vai com Deus”, logo após a publicação de reportagem da Folha de São Paulo sobre o caso. Todos eles, negaram que as postagens teriam referência ao adversário político.

Imediatamente, Freixo rebateu o tuíte de Jair Bolsonaro: “Que tal você começar a se comportar como presidente da República e parar de agir como um moleque? Tenha postura”, escreveu um dos mais importantes nomes do PSOL, que já teve uma parlamentar assassinada, a vereadora Marielle Franco.

Diante do amplo debate em torno do tema, tanto na imprensa, quanto nas redes sociais, Marcelo Freixo, que também relata ter sido ameaçado de morte inúmeras vezes, segue rebatendo os críticos de Wyllys. Em sua conta no Twitter, destacou as premiações recebidas por Jean ao longo de sua atuação na Câmara dos Deputados:


Em seu lugar, assume o suplente David Miranda. Eleito vereador pelo Rio de Janeiro em 2016, o carioca de 33 anos se descreve no Twitter como “Preto, Favelado e Primeiro vereador LGBT do RJ, midialivrista e pela causa animal”.

David é casado há 13 anos com Glenn Grenwald, o jornalista americano que revelou, em 2012, com a ajuda de Edward Snowden, o alcance das ferramentas de vigilância global dos Estados Unidos.

No ano seguinte, Miranda foi detido pela Polícia Metropolitana de Londres quando fazia escala em uma viagem de volta de Berlim, para o Brasil.

Enquadrado em uma Lei Antiterrorismo pela suspeita de estar transportando documentos de inteligência, ele ficou detido por 9 horas e teve pertences pessoais retidos. A prisão foi considerada justa e apropriada pela Justiça britânica mas condenada pela Anistia Internacional. Grenwald viria a ganhar o Pulitzer em 2014 por seu trabalho e fundou o site The Intercept, que tem uma edição brasileira.

O casal tem dois filhos, João e Jonathan, e vive em uma casa no Rio de Janeiro com 24 cachorros, muito deles de rua, segundo perfil da revista The New Yorker, que também aponta que eles abriram um abrigo para cachorros de rua na cidade.

David cresceu na comunidade do Jacarezinho, não conheceu seu pai e tem mãe falecida. O casal se conheceu na praia de Ipanema em 2005, onde Grenwald estava de férias.

 

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