Após atritos com PSL, Bolsonaro decide deixar partido, diz revista

Jair Bolsonaro ao telefone. Foto: Reprodução de Internet

Jair Bolsonaro ao telefone. Foto: Reprodução de Internet

O presidente Jair Bolsonaro decidiu deixar o PSL. Segundo a revista “Veja”, aliados estão cientes da escolha, segundo uma fonte próxima ao presidente. A estimativa é que diversos deputados do partido sigam o exemplo do presidente e também busquem uma nova sigla nos próximos dias.

O incômodo de Bolsonaro com o PSL vinha em uma crescente, mas ganhou força nesta terça-feira (8). Durante encontro do presidente com a imprensa no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse a um de seus apoiadores para “esquecer o partido” e que o presidente da legenda, Luciano Bivar, estava “queimado pra caramba”.

Como resposta, o presidente do PSL disse nesta quarta-feira (9) que Bolsonaro já estava “afastado” da sigla. “Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”, afirmou.

Bivar fez declarações em entrevista para a jornalista Andréia Sadi, do G1, ao ser questionado se Bolsonaro deixará a legenda. “A fala dele foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”, disse Bivar dizendo não saber o que se passa na cabeça de Bolsonaro, reforçando que busca “paz” e que a saída dele da sigla não “vai alterar nada”.

“O que pretendemos é viabilizar o país. Não vai alterar nada se Bolsonaro sair, seguiremos apoiando medidas fundamentais. A declaração de ontem foi terminal, ele disse que está afastado. Não estamos em grêmio estudantil. Ele pode levar tudo do partido, só não pode levar a dignidade, o sentimento liberal que temos e o compromisso com o combate à corrupção”, completou.

Bivar negou que a distribuição do fundo partidário seja a causa da tensão com o grupo de Jair Bolsonaro e disse que solicitou uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para dizer que o PSL estará “sempre com os ministros”.

Bolsonaro nega saída da sigla

Em declaração ao site “O Antagonista”, Bolsonaro negou a informação e disse que não pretende deixar o partido de “livre e espontânea vontade”.

Quanto à possibilidade de ser afastado da legenda pelo presidente da sigla, Luciano Bivar, Bolsonaro diz que não quer “entrar nessa briga”. “É um direito dele.”

Mas alerta que sua eventual expulsão teria efeito negativo para o partido. “Comigo fora da legenda, a tendência do PSL é murchar. Se eu sair, é natural que muita gente saia também.”

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