Ao receber alta, Bolsonaro cita facada, rebate críticas e alfineta Ivete Sangalo e Zé de Abreu

Jair Bolsonaro deixa hospital em SP. Foto: Reprodução/TV Globo

Jair Bolsonaro deixa hospital em SP. Foto: Reprodução/TV Globo

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (5) ao deixar o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde foi internado para tratar de uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro rebateu críticas que recebeu nas redes sociais por supostamente pretender explorar a facada que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.

Ele classificou como uma “agressão” a questão. “Tem imagens. Falar que isso é fake? A faca entrou”, disse. O médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, responsável pelo atendimento de Bolsonaro, defendeu seu paciente: “a facada cortou dois vasos do mesentério dele, ficou a 1 centímetro da veia cava dele”.

O chefe do governo federal falou ainda que não é difícil chegar ao real mandante do “atentado”. “Vai chegar em gente importante. Não foi da cabeça dele [Adélio Bispo]. Não há dúvida sobre a tentativa de homicídio”.

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Na sequência, o presidente disse que tentará ir a uma partida beneficente entre o [cantor] Marrone e  Gustavo Lima. “Estou tentando ir, não para jogar, logicamente, mas estou tentando ir para lá. Vou ver como fica. Vida continua, todo mundo vai embora um dia. A gente lamenta. Agradeço o doutor Macedo, a força que deu para mim. Vou tentar seguir a recomendação, minha esposa [Michelle Bolsonaro] está olhando torta para mim. É vida que segue”.

Camarão causou problema de saúde

O presidente foi internado na madrugada de segunda-feira (3) por conta de uma obstrução no intestino. Durante a coletiva, o médico Antônio Luiz Macedo disse que o problema foi provocado por conta de um camarão não mastigado corretamente.

“Eu não almoço, eu engulo. A peixada tinha uns camarõezinhos também, comi e mastiguei o peixe e comi o camarão”, disse Bolsonaro.

“O camarão não foi mastigado, é o que ele tá explicando. A gente pede para todos fazerem o que a gente faz: mastigar 15 vezes cada garfada”.

Bolsonaro cita Ivete Sangalo e Zé de Abreu

Em sua fala após a alta, o presidente alfinetou a cantora Ivete Sangalo e o ator Zé de Abreu ao mencionar uma alteração que sua gestão fez na Lei Rouanet.

“Estamos mexendo na Lei Rouanet. Quando entrei no governo, o limite para artistas era de R$ 10 milhões por ano. Eu passei imediatamente para R$ 1 milhão. Conversando com o Mario Frias agora e vamos passar, nos próximos dias, para R$ 500 mil. Queremos atender aquele artista que está começando a carreira, e não figurões ou figuronas como a querida Ivete Sangalo”, disparou o chefe do Executivo federal.

“Ela [Ivete Sangalo] está chateada, o Zé de Abreu está chateado porque acabou aquela teta gorda deles de pegar até R$ 10 milhões da Lei Rouanet e defender o presidente de plantão. Não quero que me defendam, quero que falem a verdade ao meu respeito. Fizemos muita coisa”, declarou.

A crítica do presidente é uma resposta a um vídeo da cantora que viralizou na última semana de dezembro. Durante um show realizado em Natal, no Rio Grande do Norte, Sangalo incentivou um coro com dizeres contra Bolsonaro.

Criticada em diversos momentos por não se posicionar politicamente, a cantora aparece dançando durante os gritos de “Ei Bolsonaro, vai tomar no c*”. Em certo momento, ela incentiva os fãs a gritarem mais alto com provocações como “não ouvi” e “está baixinho”.

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