Aloysio Nunes detona racha no PSDB: ‘se igualou a partidecos que pululam no Congresso’

Aloysio Nunes. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Membro do PSDB há mais de 20 anos, Aloysio Nunes Ferreira usou as redes sociais para criticar o racha da bancada do partido na votação da PEC do voto impresso nesta terça-feira (10) em Brasília.

“Dois episódios constrangedores no dia de ontem: o desfile militar na Esplanada, que até como ameaça de golpe é mixuruca, e o racha de bancada do PSDB na votação do voto impresso em que o partido da social-democracia se igualou a tantos partidecos que pululam no Congresso”, escreveu o ex-ministro, senador e deputado.

Usado por Jair Bolsonaro em sua tese de fraude nas eleições e em defesa do voto impresso, o PSDB decidiu fechar questão para votar contra a proposta. A legenda divulgou nota reafirmando sua confiança no sistema eleitoral brasileiro.

“Discutir a mudança no sistema de votação partindo da falsa premissa de eleições fraudadas é um desserviço à democracia brasileira. Diante disso, o PSDB fechou questão, em reunião da Executiva Nacional, contra a proposta em discussão na Câmara dos Deputados. O partido acredita que o sistema pode ser sempre aprimorado, mas não nos moldes que tem sido conduzida atualmente a discussão”, diz nota assinada pelo presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.

Em sua narrativa de que as urnas eletrônicas são fraudáveis, o presidente já afirmou, por mais de uma vez, que tem “provas” de que Aécio Neves, do PSDB venceu o pleito de 2014 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, do PT, Bolsonaro, no entanto, nunca apresentou essas provas e o próprio PSDB nega que tenha existido fraude naquela eleição.

O partido, após o pleito, chegou a pedir auditoria das urnas e, após o procedimento ser feito, reconheceu o resultado que chancelou a reeleição de Dilma.

Leia a íntegra da nota:

“O PSDB confia no sistema de votação brasileiro e tem compromisso firme com aprimoramentos, inovações e segurança do voto. Contribuiu com avanços na segurança e confiabilidade do sistema a partir de consulta sobre a possibilidade de auditoria no sistema eletrônico de votação em 2014, que resultou em seguidas resoluções do TSE que deram ainda mais transparência e segurança ao processo.

Mais recentemente, o TSE, com a resolução 23.603 de 12 de dezembro de 2019, que dispõe sobre os procedimentos de fiscalizações e auditoria do sistema eletrônico de votação, previu as formas de auditagens sugeridas pelo PSDB e incluiu dentro dos agentes fiscalizadores as universidades, o Ministério Público, os partidos políticos, a OAB e as Forças Armadas, entre outros.

Discutir a mudança no sistema de votação partindo da falsa premissa de eleições fraudadas é um desserviço à democracia brasileira. Diante disso, o PSDB fechou questão, em reunião da Executiva Nacional, contra a proposta em discussão na Câmara dos Deputados.

O partido acredita que o sistema pode ser sempre aprimorado, mas não nos moldes que tem sido conduzida atualmente a discussão.

Bruno Araújo – presidente Nacional do PSDB”

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