Alfredo Sirkis integra aquela linhagem de políticos sempre em busca de novos caminhos para o Brasil. Ele foi vital na criação do Partido Verde, em janeiro de 1986.
Sirkis foi um dos que ajudaram a quebrar o preconceito, até desconfiança de muitos, quando a temática ambientalista era colocada em discussão. O pensamento corrente era que ter um um partido em que se priorizasse a bandeira “verde” seria muito bom, mas para a Alemanha, e não para o Brasil.
Eu o entrevistei várias vezes, e ele sempre identificou na Rio-92, o primeiro click nacional de que a mídia, o empresariado e os governos precisavam despertar para a importância de pensar o futuro do planeta. Não faz muito tempo eu o encontrei, e Alfredo Sirkis estava convencido que vivemos uma tempestade imperfeita com o presidente Bolsonaro no poder.
“Ele simplesmente odeia o meio ambiente, colocou os ambientalistas na caixinha do comunismo. Humanamente, ele gosta do desmatador, do grileiro, do garimpeiro que invade terra indígena”, ele disse. Alfredo Sirkis morreu na estrada, mas a sua luta continua. Ora, se continua.
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