Aguardando até R$ 5 bilhões em emendas, senadores adiam votação da Previdência

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, decidiu adiar a votação da reforma da Previdência no plenário da Casa para a próxima semana.

Projetada para acontecer nesta terça-feira (24), a próxima etapa da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 no Congresso foi postergada por conta de interesses dos senadores, que aguardam a liberação de até R$ 5 bilhões em emendas em troca do apoio ao texto do governo.

Na manhã desta desta terça-feira (24), Alcolumbre e um grupo de senadores foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) apresentar recurso à decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que determinou, na semana passada, busca e apreensão em endereços do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho do MDB.

O adiamento da votação da reforma também foi uma resposta à investigação e em defesa de Bezerra Coelho. Segundo a cúpula do Senado, a ação da PF teria sido uma espécie de “abuso de autoridade”.

A liberação das emendas , por outro lado, é uma forma legal encontrada pelo governo de destinar recursos para que os parlamentares assistam suas bases eleitorais e negociem, a partir dessa “boa vontade” de ter os recursos liberados, o apoio a determinada proposta.

Usada na Câmara durante a tramitação da própria reforma da Previdência , a tática foi determinante para a aprovação com margem tão grande (379 votos favoráveis e 131 contrários no primeiro turno e 370 a 124 no segundo) no plenário da Casa.