Os depoimentos dos trabalhadores resgatados na última semana no Rio Grande do Sul, em situação análoga à escravidão, mostram o terror que viveram. Eles relataram como era o dia a dia nas dependências da Fênix, empresa que fornecia mão de obra terceirizada a vinícolas Salton, Aurora e Cooperativa Garibaldi. O jornal O Globo teve acesso aos depoimentos dos trabalhadores.
Nos relatos, os funcionários contam que são da Bahia e foram a Bento Gonçalves com contrato para receberem R$ 3 mil, por 45 dias de trabalho, com jornada de 15 horas por dia. No entanto, não foram pagos. Eles contaram ainda que receberam R$ 400 para comprarem itens básicos em um mercadinho que pertencia ao dono da Fênix e que tinham produtos com valores muito altos.
Em depoimento, um dos trabalhadores revela que sofreu violência na véspera de fugir. “Fui espancado com spray de pimenta, gravata no pescoço, pancadas com cabo de vassoura e mordida no ombro esquerdo. Depois, dois colegas chegaram e também foram espancados.” Ele contou também que houve uma “ordem de matar os trabalhadores baianos.”
Outro funcionário contou que eles recebiam “choque com laser para acordar” e que os equipamentos de proteção eram de má qualidade e não havia reposição. “As luvas eram de pano. Rasgaram em dois dias e não foram trocadas. As botas rasgaram em uma semana e não foram trocadas. No contrato dizia que receberíamos óculos de sol e protetor solar, o que não aconteceu”.
Em mais um relato, um trabalhador disse que desmaiou durante a colheita e foi levado de carro a um hospital pela empresa. No entanto, teve que voltar a pé por quatro quilômetros.
Além disso, o depoimento de um funcionário revela que foi agredido com uma cadeira de ferro na cabeça. “Presenciei também o espancamento de um colega pelos motoristas e por mais um segurança. Todos andavam armados o tempo todo”, conta. Pouco depois, ele e outro funcionário foram levados a uma sala e “agredidos com uma cadeira de ferro na cabeça e socos na cabeça e nos braços. Durante as agressões, fomos ameaçados de morte.”
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