Advogados pedem afastamento imediato de procuradores da Lava Jato após vazamento

Procurador do Ministério Público Federal e coordenador da força tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. Foto:Fernando Frazão/Agência Brasil

Procurador do Ministério Público Federal e coordenador da força tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. Foto:Fernando Frazão/Agência Brasil

Um grupo formado por 396 advogados assinou manifesto pedindo o “afastamento imediato” dos integrantes da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato em Curitiba. O texto foi elaborado em reação à divulgação de mensagens trocadas entre procuradores com o ex-juiz Sergio Moro, então responsável pelos processos da operação na Justiça Federal em Curitiba.

No texto, os advogados interpretam as conversas reveladas pelo site “The Intercept” como uma demonstração de que a “República de Curitiba não passou de uma conspiração política, usando o Judiciário apenas como pano de fundo”.

“Trata-se de um dos maiores escândalos nas Instituições Poder Judiciário e Ministério Público da era pós-1988, surgindo, da leitura dos documentos, o crime de lesa-pátria que levou o Brasil a enorme caos econômico, desorganizando empresas e setores da Economia”, dizem os defensores. “[A Lava Jato ] sempre foi ação política coordenada, sem escrúpulos e sem nenhum compromisso com o país e suas instituições republicanas.”

Os advogados cobram que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Congresso Nacional instaurem “imediatos procedimentos administrativos em face dos envolvidos, para investigar os supostos crimes cometidos”.

Em nota, a força-tarefa de procuradores que atuam na Operação Lava Jato negou irregularidades na atuação do grupo , reforçou a ideia de que o trabalho é “imparcial” e acusou o site The Intercept de ter divulgado mensagens “fraudulentas e fora de contexto”. O ex-juiz Sergio Moro, por sua vez, reclamou que as conversas foram obtidas “por meios criminosos” e garantiu que os textos não apontam “anormalidade ou direcionamento”.

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