‘A verdade fica doente, mas não morre’, diz Lula após vazamentos da Lava-Jato

Lula. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Lula. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou “surpreso” com o “elevadíssimo grau de promiscuidade” na relação entre o ex-juiz da Lava-Jato, Sergio Moro, e os procuradores da força-tarefa da operação. A informação foi transmitida à imprensa pelo defensor José Roberto Batochio, que visitou o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

“O presidente disse assim: ‘A verdade fica doente, mas não morre nunca’. Só não se esperava que ela se recuperasse tão rapidamente”, relatou o advogado.

“O presidente Lula ficou, evidentemente, bastante impactado pelo conteúdo desse material, mas, por outro lado, não é uma novidade. Ele também sempre afirmou que não está recebendo um tratamento imparcial, um tratamento que seja compatível com a Constituição e com as leis”, falou o outro advogado que representa Lula nos processos da Lava-Jato, Cristiano Zanin Martins.

Segundo Zanin, a defesa do ex-presidente ainda está estudando qual será a estratégia a ser adotada a partir da divulgação das mensagens privadas trocadas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador do grupo que atua em Curitiba. As conversas foram publicadas no último fim de semana pelo site “The Intercept” .

Os dois defensores reforçaram que têm confiança no Supremo Tribunal Federal (STF) para conceder liberdade ao ex-presidente e anular o processo do caso do tríplex do Guarujá, no qual Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, vindo a ser preso em abril do ano passado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski pode votar nesta terça-feira (11) a favor de habeas corpus coletivo que pode beneficiar todos os presos que foram condenados em segunda instância pelo TRF-4, como o caso do ex-presidente Lula. A informação é da colunista Mônica Bergamo, da “Folha”. Se for votada, cada detenção terá que ser julgada individualmente e não mais ser prisão automática depois da segunda instância.

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