No Jornal O Globo de 13/06/18, uma página inteira (6) é reservada para questionar de quem é a responsabilidade da segurança da Baía de Guanabara. Na chamada da primeira página: “Autoridades divergem sobre a quem cabe a segurança na Baía de Guanabara”.
Na dita página 6, encontra-se: “Jogo de empurra na Baía/Bandidos são presos com armas (de guerra) em barcos; autoridades não se entendem sobre a quem cabe policiamento”. Logo abaixo o articulador/repórter registra o posicionamento de cada Órgão:
1. Gabinete de Intervenção – “… o patrulhamento é de responsabilidade de órgãos federais”.
2. Marinha do Brasil – “… As atribuições e competências da autoridade marítima brasileira se referem, exclusivamente, à segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana no mar e à prevenção da poluição ambiental, provocada por embarcações”. E ainda “é de competência dos órgãos de segurança pública o combate ao tráfico de drogas, assim como a segurança das pessoas e dos bens patrimoniais nas orlas das praias”.
3. Polícia Federal – “… realiza patrulhamento preventivo por meio do Núcleo de Polícia Marítima da PF, entre outros órgãos para inibir práticas ilegais e apoiar investigações criminais de suas delegacias, responsáveis pelo combate ao tráfico internacional de armas e de drogas”.
4. Polícia Militar – “o Grupamento Aeromóvel (GAM) deixou de ter o policiamento marítimo em sua estrutura desde 2012. O GAM realiza exclusivamente atividades aéreas de segurança pública. O Comando de Policiamento Ambiental (CPAM) atua na Baía de Guanabara somente na parte ambiental”.
É aí que o javali torce o rabo.
Todos têm razão, mas ao mesmo tempo também ninguém teria razão. Todos têm razão por que cada instituição está defendendo sua imagem perante a opinião publica. É seu dever.
Mas, intuo, que por outro lado, ninguém teria razão, porque todos sabem, há muitos e muitos anos como são em qualquer zona portuária do mundo, que a Baía de Guanabara é uma enorme porta aberta para suprimento diuturno do oxigênio mortal da criminalidade violenta no e do Estado do Rio de Janeiro. Este oxigênio chama-se toneladas de Cocaína, Maconha e outros, bem como partidas absurdas de Fuzis e Granadas de guerra.
Desconhecer isso ou ignorar, talvez seja até compreensível (não perdoável), por parte dos outros órgãos citados, mas por parte da bicentenária PM de Vidigal e Castrioto, seria totalmente incompreensível e absolutamente imperdoável. Isso em razão de um doloroso argumento que bate às nossas portas com regularidade sangrenta.
É que, dos outros órgãos citados, somente ela, a bicentenária PMERJ, diariamente, há pelo menos 38 anos (com o advento do fuzil e da granada em nosso TO, na década de 80), perde carne, sangue e nervos dilacerados por fuzis e granadas de guerra, comprados e contrabandeados com o dinheiro das toneladas de drogas que teimam em invadir nossas fronteiras secas, molhadas, aéreas, portos, aeroportos e estradas federais.
Se tudo o mais perdemos ou estamos em vias de perder, que pelo menos nos agarremos ao mais forte instinto do ser humano: o da sobrevivência.
Esse sentimento senhores, fez com que o GAM (Grupamento Aeromarítimo Ten PM Antunes, nossa pequena força armada-Terra, Mar e Ar) fosse criado, no já longínquo ano de 2001.
Mercê do conhecimento adquirido no combate permanente ao crime territorial, somando a ele a copiosa massa de informações que a Baía de Guanabara já era caminho desguarnecido para o diuturno transporte de drogas e armas, foi criado e implantado o GAM, com seu eficaz e orgulhoso braço marítimo.
Tal história de forma detalhada, registrando inclusive as ações de seus inumeráveis inimigos institucionais, encontra-se perpetuada na “História do GAM”, em Blog específico. Este Braço passou a patrulhar de forma agressiva toda área de nossa Baía, com resultados excepcionais.
Quanto mais fuzis de guerra forem retirados das mãos de ‘bondes’ aquáticos, menos PM mortos.
Inumeráveis prisões e ações mais contundentes abateram-se sobre o tráfico armado, principalmente, nas áreas críticas do “fundo” de São Gonçalo, Maré, Kelson, Dique e Baixada Fluminense.
Finalmente a Polícia fardada chegava àquelas abandonadas áreas. O tráfico de drogas e o contrabando de armas de guerra sofreram vários revezes em um conjunto topo tático nunca antes patrulhado.
No ano de 2012, por razões desconhecidas o GAM foi descaracterizado, através Resolução, contrariando inclusive a hierarquia das leis, perdendo seu braço marítimo.
O resultado é esse que estamos a ver. Até o impenetrável, inexpugnável e sagrado Bairro da Urca deixou de ser, como demonstraram as recentes e brilhantes Operações realizadas pela bicentenária PM e a gloriosa PC.
A bandidagem violenta da Maré, São Gonçalo, Niterói, Magé, Caxias, Nova Iguaçu, São J de Meriti, etc, agradecem até hoje. Morreu o implacável Tridente de Netuno. Mataram os conjuntos de heróis compostos de Lei, Guarnição PM, Lanchas Selva I, II, III, etc.
Senhores: ainda está em tempo. É hora de rever decisões. É nobre. Quanto mais fuzis de guerra forem retirados das mãos de “bondes” aquáticos, menos PM mortos.
Enquanto isso chega-nos notícias que no longínquo Portugal, a GNR (Guarda Nacional Republicana), de quem herdamos, em 1809, nosso modelo de Polícia, através de sua original Guarda Real de Polícia de Lisboa, de 1801, acaba de receber a competência de patrulhar os mares portugueses, através de seu “braço marítimo”.
Alvíssaras !!!!!! Meditemos.
*Wilton Soares Ribeiro é Coronel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, ex-Comandante Geral da Corporação e Sócio da AME/RJ. Fonte:http://blogdocelwilton.blogspot.com/
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