Vereadora cobra investigação sobre casos de apologia ao nazismo

Casal gay teve portão de casa pichado. Foto: Reprodução/TV Globo

Casal gay teve portão de casa pichado. Foto: Reprodução/TV Globo

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara do Rio de Janeiro, vereadora Teresa Bergher (Cidadania), vai cobrar da Secretaria de Segurança do Estado uma rigorosa investigação sobre dois casos de apologia ao nazismo que aconteceram no último fim de semana.

No sábado (28), um casal gay teve o portão de casa pichado com a inscrição “fora gays” e o desenho de uma suástica – símbolo nazista proibido em território nacional.

No mesmo dia, um homem com tatuagens nazistas e de supremacia branca foi levado para a delegacia e liberado. Ele estava no Largo do Machado e foi levado para a 9ª DP (Catete). “É preciso lembrar que a apologia ao nazismo é crime. Precisamos ouvir as testemunhas para apurar todos os detalhes desses dois casos. Vou cobrar investigações rigorosas do Governo do Estado e que os criminosos sejam punidos o mais rapidamente possível”, disse a vereadora.

Teresa Bergher. Foto: Divulgação
Teresa Bergher. Foto: Divulgação

Teresa Bergher vai procurar o estudante Leonardo Guimarães, que acionou PMs, quando viu o suspeito tatuado no Largo do Machado. Os policiais militares o levaram para a delegacia, onde acabou sendo liberado e parabenizado pelo inspetor de plantão. Leonardo disse à imprensa ter sido intimidado pelo policial civil que liberou o suspeito.

Teresa, que é judia e liderança política reconhecida na área de direitos humanos, também quer ouvir o casal que foi vítima de homofobia e ameaça nazista, com pichações no portão de casa, em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio. O casal denunciou o caso à polícia.

“Infelizmente casos de apologia ao nazismo vêm se repetindo com frequência e precisam ser rigorosamente apurados e os responsáveis punidos. É inadmissível que a autoridade policial tenha sido solidária com um criminoso que faz propaganda de um regime que matou milhares de pessoas e justamente num momento em que o ódio contra as diferenças vem sendo incensado e a discriminação vem sendo levada às últimas consequências”, lamenta Teresa.

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