Mangueira, Beija-Flor, Vila Isabel, Imperatriz e São Clemente votarão para adiar Carnaval por tempo indeterminado
Das doze agremiações do Grupo Especial, pelo menos cinco delas já confirmaram que votarão pelo adiamento do Carnaval por tempo indeterminado. Ao jornal Extra, dirigentes de Mangueira, Beija-Flor, Vila Isabel, Imperatriz e São Clemente confirmaram que desfile na Sapucaí somente com vacina contra a Covid-19.
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“Sem vacina, é inviável realizar o Carnaval em qualquer data, seja em fevereiro ou junho. Hoje, as decisões judiciais têm muita força. Há o risco de fazermos investimentos altos e, lá na frente, o contágio voltar a subir e a Justiça determinar a suspensão. O carnaval é um evento de aglomerações, da produção à realização na Sapucaí. Como seria? Componentes a dois metros de distância? Cantando com máscaras no rosto?”, disse, ao Extra, o presidente da Vila Isabel, Fernando Fernandes.
Na noite desta terça-feira (14), acontecerá a tão esperada plenária da Liga Independente das Escolas de Samba sobre a realização do Carnaval 2021. Presidentes das doze escolas de samba do Grupo Especial se reúnem para o debate. O SRzd transmitirá ao vivo, pelo Facebook e YouTube, os bastidores da reunião, a partir das 18h45.
“Como ficaria a consciência de um dirigente caso acontecesse a morte de, por exemplo, 50 componentes que tenham desfilado na sua escola?”, questionou Elias Riche, presidente da Mangueira. Renatinho, comandante da São Clemente, completou: “É simples: se chegar a vacina, teremos samba. Como vamos lidar com a multidão sem imunização coletiva? O adiamento para 2022 será inevitável, porque não teremos tempo hábil para arrumar a casa”.
Há um mês, o jornalista Sidney Rezende já havia antecipado que o Carnaval 2021 só aconteceria com uma vacina contra o novo coronavírus.
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