Barroso afirma que Brasil celebrou um ‘pacto de saque ao Estado’

Corrupção. Foto: Reprodução

Corrupção. Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso declarou nesta segunda-feira (2) que a corrupção sistêmica sempre foi o modo de fazer política no país.

“O Brasil se deu conta de que vivenciávamos uma corrupção sistêmica, endêmica, que não era produto de falhas pessoais, era um modo de conduzir o país”, disse o ministro, sem citar nomes ou casos específicos, durante o Fórum Internacional A Segurança Humana na América Latina, na capital paulista.

Durante uma palestra de 15 minutos, Barroso evitou comentar o Inquérito dos Portos, do qual é relator no STF, e a recente prisão temporária, e posterior soltura, de dez investigados na Operação Skala, deflagrada na quinta-feira (29) pela Polícia Federal.

Sem conversar com jornalistas, o ministro falou sobre corrupção durante o fórum internacional promovido pelo Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Crime e Tratamento do Delinquente.

Para Barroso, o país celebrou um “pacto de saque ao Estado”, firmado entre empresários, políticos e a burocracia estatal, com renovação constante dos acordos de corrupção.

No entender do ministro, o processo gerou perda da confiança, de maneira geral, entre os brasileiros. “O custo moral de tudo isso foi a criação da cultura de desonestidade. Precisamos romper com esse ciclo da cultura de desonestidade”, afirmou.

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