Polícia Federal indicia Abilio Diniz por estelionato e organização criminosa

Abilio Diniz. Foto: Reprodução

Abilio Diniz. Foto: Reprodução

A Polícia Federal indiciou o empresário Abilio Diniz nos autos da Operação Trapaça por estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e crime contra a saúde pública.

Entre os outros 42 investigados que também foram denunciados está o ex-diretor-presidente da BRF Pedro de Andrade Faria, indiciado pelos mesmos crimes que Abílio que é ex-presidente do Conselho de Administração da empresa.

As investigações apontam que quatro fábricas da BRF Brasil Food são suspeitas de fraudar laudos relacionados à presença de salmonela em alimentos para exportação a 12 países que exigem requisitos sanitários específicos de controle da bactéria do tipo salmonella spp.

No relatório final do inquérito conduzido pelo delegado Mauricio Moscardi, a PF afirma que um esquema de fraudes nas unidades da BRF tinham como finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura, e as fiscalizações de qualidade do processo industrial da empresa.

O delegado Mauricio Moscardi destacou que os dirigentes da empresa de carnes sabiam e participavam do esquema criminoso. “Há, de fato, a participação do corpo diretivo da empresa na trama investigada, o qual tinha ciência de seu modus operandi, e que, não somente se omitiu em relação a fazer cessá-lo, mas, também, participou comissivamente dos atos de ocultação das fraudes, norteando sua execução”, explicou Moscardi.

A Operação Trapaça, desdobramento da Carne Fraca, foi deflagrada em março deste ano. A operação tinha como alvo um esquema de fraudes descoberto na empresa BRF, gigante do setor de carnes e processados, para burlar as fiscalizações do Ministério da Agricultura.

A PF declarou que, a partir da análise de conversas por mensagens de e-mails e Whatsapp, “concluiu-se que a prática das condutas delitivas não se restringia ao círculo das equipes técnica e gerencial das fábricas da BRF”.

Até a publicação desta nota, o empresário Abilio Diniz e os demais citados não haviam se pronunciado sobre o assunto. O relatório que indicia o empresário e os demais acusados tem 405 páginas.

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