Mãe denuncia racismo em livro usado por crianças em escola particular
Através de seu perfil no Facebook, a mãe de uma criança de 3 anos, que frequenta uma escola particular no Recife, em Pernambuco, denunciou um livro didático por racismo.
Em seu depoimento, Aline Lopes, que optou por não tornar público o nome da instituição, exibiu a publicação feita pela editora Formando Cidadãos, em que em uma atividade os alunos tiveram que apontar o lar onde as pessoas estão felizes. O enunciado exibe uma família negra triste e outra família, de cor branca, feliz, com todos sentados à mesa.
Outro exercício pede para os alunos ligarem três personagens a suas respectivas profissões. Dentre elas, apenas um negro está vinculado ao que parece ser a profissão de faxineiro.
“Nunca é o negro médico, professor, advogado etc. Não há demérito nenhum em ser um servente. O problema é que esse é o lugar que sempre cabe ao negro. Minhas crianças precisam aprender que elas podem e devem ocupar todos os espaços. Que embora a sociedade diga que não, eles têm todo o direito de crescer em igualdade”, diz trecho do desabafo de Aline que foi compartilhado e apoiado por muitas pessoas.
A editora Formando Cidadãos rebateu as acusações, dizendo que Aline se concentrou em duas atividades do livro, que, segundo a empresa, tem outros exercícios nos quais personagens negros são “protagonistas” e que em quatro anos nunca houve comentário sobre esse livro. A questão foi classificada como interpretativa.
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