Dia mundial da Osteoporose: doença atinge dez milhões de pessoas no Brasil

Esqueleto. Foto: Reprodução de Internet

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A osteoporose se define como a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento. É causada quando há desequilíbrio entre a síntese e a reabsorção da matriz óssea, com predominância da perda.

Segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), a doença atinge cerca de dez milhões de pessoas no Brasil.

Trata-se da doença osteometabólica mais comum na prática clínica, resultando em incapacidade e restrição à vida independente em níveis semelhantes a artrite, por exemplo. Outro dado revela que de cada três pacientes que sofreram fratura no quadril, um tem o diagnóstico de osteoporose; e deste número 80% não recebe nenhum tratamento específico para a doença.

O dia 20 de outubro é denominado o dia mundial da osteoporose, dia de conscientização e alerta sobre a importância do combate à doença. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define osteoporose como sinônimo de Densidade Mineral Óssea (DMO) diminuída.

De acordo com a doutora Amalia Lucy, endocrinologista, “a osteoporose é um problema comum nas mulheres após a menopausa, pois com a queda acentuada dos níveis de estrogênio reduz-se o nível de osteoprotegerina, substância que ajuda a manter a microestrutura óssea tornando-a mais frágil e aumentando a probabilidade de ocorrerem fraturas, que podem ter graves consequências”, explica.

E o agravante é que se trata de uma doença silenciosa que na maioria das vezes, evolui de forma assintomática. Pouco a pouco os ossos vão se tornando porosos como uma esponja, até um ponto que fraturam. Em idosos é difícil distinguir se eles caem porquê fraturam o osso (espontaneamente) ou se fraturam porquê caem. Já nos homens, a osteoporose é mais comum depois dos 65 anos, entre viúvos e sedentários.

“Cerca de 2 mil brasileiros morrem anualmente em consequência de complicações de fraturas desta doença”, alerta a doutora.

“O  principal objetivo da prevenção e do tratamento é evitar fraturas, que ocorrem mais comumente em locais como coluna, punho, braço e quadril. Nos idosos, a osteoporose pode levar a dores crônicas, dificuldades para respirar e se locomover, com consequente diminuição da qualidade de vida”, destaca.

Já é possível estimar o risco de fratura através de um escore que leva em consideração informações como etilismo, uso de certas medicações entre outros critérios.

“Níveis adequados de cálcio, que podem ser obtidos na alimentação, e de vitamina D, cuja principal fonte é o sol, podem prevenir ou até reverter em parte a diminuição da massa óssea e, quando indicado, podem ser prescritos medicamentos específicos. Os atuais tratamentos não revertem a perda óssea completamente. Na maioria das vezes o diagnóstico acontece após uma fratura ou com doença já avançada. Sendo assim, a melhor estratégia é prevenir ou buscar ativamente, com exames como a densitometria óssea, além de acompanhamento com especialista”, finaliza.

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