Concursos em tempos de crise política e econômica!

Olá pessoal, hoje vou falar sobre um questionamento recorrente que recebo nesses tempos de crise. A pergunta é! Vale a pena iniciar a preparação para concurso público nesse momento onde o Estado vem passando por todas essas crises, a política, a fiscal e a financeira? No meu ver tem também, a principal delas, a crise moral que assistimos assustados todos os dias nos veículos de informação.  Quando digo Estado, não estou falando do Estado do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul ou qualquer outro, falo do Estado em todas as esferas de poder, a federal, a estadual, a municipal e a todos os entes públicos ligados a elas. A crise, de uma forma ou de outra, em uma intensidade ou em outra vem fazendo estragos em todas as esferas e setores públicos.

Quanto a isso não há escapatória, pois a crise fiscal é uma crise na arrecadação, na entrada de dinheiro desses entes. Com a redução da arrecadação, por causa da própria crise financeira, o Estado precisa se reestruturar e de alguma forma conter seus gastos.  A primeira coisa que pensamos são as contratações. Como o Estado contratará se precisa reduzir as despesas para se ajustar à lei de responsabilidade fiscal?  Parece que a resposta da pergunta inicial é que não vale a pena, mas deixa eu fazer algumas ponderações e perceberá que não é bem assim, que o serviço público ainda é uma fonte segura  e democrática de empregos com salários dignos e acima de tudo com alguma segurança para o empregado, além de capaz de recompensar, muito bem, a quem se prepara.

É verdade, o Estado precisa conter seus gastos. O maior gasto do Estado é com a folha de pessoal, isso também é uma verdade! Obviamente, se não considerarmos todo o dinheiro desviado pela corrupção generalizada e institucional com o custo de bilhões de reais aos cofres públicos. Mas quanto à folha de pessoal, encontramos um problema, todo o Estado teve sua máquina pública desenhada através dos tempos para prestar vários serviços à população e a iniciativa privada. O Estado construiu, desde do seu início, um sistema de controles e serviços que são imprescindíveis para sua existência e a da sociedade que vive em seus domínios.

Se são complexos e burocráticos, nesse momento, é o que temos e não mudará. Fundamentalmente, o Estado não tem como deixar de prestar os serviços que foi desenhado para prestar, para isso precisa e sempre precisará muito de pessoal. Já pensou nos serviços que o Estado presta? Nem vou perder muito meu tempo falando em segurança pública, saúde e educação. Esses serviços são inerentes ao Estado. Para esses qual é a saída? A terceirização e a privatização? Não consigo imaginar a segurança pública privatizada ou terceirizada a não ser em filmes futuristas de Hollywood, lembram do Robocop? Nem no filme a privatização da segurança pública foi um sucesso.

Por esses argumentos eu posso garantir que os concursos continuarão existindo, em grande número e oferecendo oportunidades de empregos bem remunerados e dignos para a população disposta a estudar e se preparar para o alto nível da concorrência, falo não só da quantidade, mas da qualidade de quem se prepara. Lógico que em tempos de crise, a oferta de vagas reduz, mas nunca deixará de existir, além de criar uma demanda reprimida, um represamento que será aliviado assim que nossa economia voltar aos trilhos e nossa crise fiscal ganhar algum equilíbrio.

Mesmo que todos os castigos do mundo recaiam sobre o serviço público, este continuará existindo e necessitando de um grande número de servidores para manter as engrenagens do pais rodando. Os concursos públicos continuam e continuarão existindo.

Ainda empregarão muitas pessoas com salário digno, carga de trabalho aceitável em todas as esferas de poder.  Sugiro não se deixar ser influenciado pelas notícias e estudar. O emprego público não é para todos, mas depende somente do interessado. Não tem indicação, não tem currículo bem montado, não tem carreira de sucesso que te contrate e muito menos que te demita. O esforço é pessoal, é grande mas só depende de você. Basta estudar.

 

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