CHAT FOLIA: Sem medo, São Vicente vem brincando com a morte

Por Luciano Breitenbach 

O que acontece depois da morte ainda é um mistério, mas se depender da Unidos de São Vicente isso será desvendado. Desfilando pelo seu terceiro ano consecutivo no Grupo Especial da União das Escolas de Samba de Maquete, a agremiação de Goiás/GO aposta neste carnaval no enredo “Morte” e promete um desfile divertido, com o retorno do seu símbolo na primeira alegoria. Acompanhe o bate-papo com o presidente e carnavalesco Murilo Ribeiro.

Qual o tema que a São Vicente trará para este carnaval?

Como todos sabem, a Unidos de São Vicente existe desde 2012 e para comemorar o 7º desfile da escola resolvemos fazer uma reedição do nosso primeiro carnaval, com o enredo “Morte”, pois percebi que era um ótimo enredo. Na época, devido à falta de experiência, não pôde ser bem executado, então vimos em 2018 uma oportunidade para isso.

Essa temática propõe e nos faz imaginar que será um desfile mais escuro, com o preto predominando. Estou certo?

No começo de tudo realmente essa era a ideia. Queria mostrar a morte de uma forma bem macabra, porém à medida que tudo foi criando vida não estava ficando assustador (risos). Então, resolvi literalmente brincar com a morte. É claro que não tem como deixar de usar o preto, porém temos muitas outras cores que sobressaem na palheta de cores que escolhi levar para a avenida.

Então vai ser um desfile mais divertido do que assustador?

Essa é a ideia! O desfile traz uma visão bem clara e não é nada confuso. Acho que isso está muito relativo pela questão do tamanho dos bonecos, como exemplo, o que era para serem temidas – as caveiras – acabaram parecendo as divertidas caveiras dançantes de “Pé na Cova”.

Conta mais, o que poderemos ver no desfile?

Procurei fazer vários setores, começando com a morte em si, que envolve o embate entre a vida e a morte, danças da morte, o purgatório, até festas como a “Fiesta de los Muertos”, que acontece no México. Depois passamos para outros três setores que foram pensados da seguinte forma: “O que acontece depois que se morre?” Pensando nisso vem os setores daqueles que vão para o inferno, os que permanecem entre nós, seja na forma de fantasma ou zumbi, os que conseguem a salvação e vão para o céu ou aqueles que simplesmente renascem das cinzas.

E a cobra estampada no pavilhão da escola, vai estar na avenida?

Sim! Depois de muito tempo resolvemos trazer o símbolo da escola no desfile. A última vez que ela apareceu foi no desfile de 2015, quando a escultura era de argila. Feita em 2013, acabou quebrando e a partir de então não se via mais ela nos desfiles da escola. Porém, volta em 2018 no abre-alas com um papel importante no enredo, que é o de encaminhar as almas para o seu lugar certo após o purgatório.

Ano passado a escola trouxe uma comissão de frente muito bonita, inovadora, mas perdeu décimos importantes no quesito. Você continua apostando no diferente ou trará algo mais tradicional?

Tinha algumas propostas diferentes para a comissão de frente, com teatralização e tudo mais, porém não ia ser algo único e por isso resolvi voltar ao que foi feito em 2016, o ano do título da escola, que é uma comissão tradicional, bem dançante e sem uso de tripé.

Esse título de 2016, primeiro ano da escola no Grupo Especial, e o vice de 2017 correspondem à qualidade do trabalho apresentado e isso gera expectativas no público. Nesse sentido, podemos esperar um desfile competitivo novamente?

Fizemos o possível, vale ressaltar que o nível aumentou bastante com a ascensão das novas escolas que subiram do Grupo de Acesso, que são bem fortes! Mas, na medida do possível, estamos na luta e independente do resultado foi feito com muito carinho.

REVEJA O DESFILE DE 2017

Participe, inscreva sua escola pelo email: [email protected]

Saiba mais sobre o Carnaval de Maquete da UESM

Página oficial

Facebook

Youtube

Instagram

*em colaboração voluntária ao SRzd

Comentários

 




    gl