Vencedora do Miss Brasil sofre racismo na internet: ‘Cara de empregada’

Monalysa Alcântara. Foto: Reprodução de Internet

Monalysa Alcântara. Foto: Reprodução de Internet

A estudante piauiense Monalysa Alcântara, de 18 anos, superou outras 26 adversárias e ficou com a faixa de Miss Brasil 2017. O concurso foi realizado na noite do último sábado (19), em Ilhabela, no litoral de São Paulo.

Terceira negra a vencer o concurso, a representante do Piauí, que tem 18 anos de idade, 1,77m e 57 kg, defenderá o Brasil no Miss Universo. Em meio as mensagens de celebração pela conquista, surgiram comentários com conotações racistas.

Nas redes sociais, alguns internautas criticaram a escolha em detrimento de outras candidatas, como a gaúcha Juliana Mueller, que é branca. A usuária do Twitter Juliana Porto escreveu que a Miss tem “cara de empregadinha”.

Foto: Reprodução de Internet
Foto: Reprodução de Internet

Thales Couto usou o Facebook para questionar a “brasilidade” de Monalysa: “Então as brasileiras caucasianas não são brasileiras?”.

Após diversas críticas e denúncias de várias pessoas, as postagens foram excluídas pelos autores.

Em uma das fases do concurso, as pretendentes ao posto precisam responder algumas perguntas. Foi neste momento em que a representante do Piauí se destacou.

“Minha super estratégia será ser eu mesma: uma mulher nordestina, que passou por diversas coisas, muitas dores que fizeram ser quem eu sou hoje. Vou ser eu mesma. Não tem segredo”, afirmou quando questionada sobre como representará a beleza brasileira internacionalmente.

Monalysa revelou ainda que, quando criança, não se reconhecia como negra.

“Através da minha história, vou ajudar as mulheres negras a se acharem mais bonitas e mostrar que elas são capazes de seguirem seus próprios sonhos, assim como eu segui o meu”, disse em depoimento a “Revista Fórum”.

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