Demissão: Fernando Molica não é mais âncora do programa ‘CBN Rio’

Fernando Molica. Foto Divulgação.

Fernando Molica. Foto Divulgação.

O Sistema Globo de Rádio dispensou o experiente jornalista Fernando Molica, nesta segunda-feira (16), da sua função de âncora do programa “CBN Rio”. Molica foi levado para a rádio ainda na gestão do ex-gerente de Jornalismo Julio Lubianco, também dispensado  neste mês de outubro. A princípio a solução para sua substituição será “caseira”. E já a partir desta terça (17) assumiram o lugar de Molica os repórteres Bianca Santos e Frederico Goulart.

Surpreso com o afastamento, Fernando Molica não se sentiu à vontade nem de se despedir dos colegas. Uma das explicações para a saída do âncora seria o seu salário, que, segundo fontes ouvidas pelo SRzd, giraria em torno de R$ 15 mil, considerado alto para os padrões atuais da “CBN”. Outra hipótese é que existe um movimento de aproximação da rádio “CBN” com a “Globonews”. Inclusive com o possível deslocamento dos estúdios da emissora para a sede da “Globo”, na Rua Lopes Quintas. E, por isso, a empresa estaria enxugando os seus quadros.

Se a segunda possibilidade vingar, a Rádio Globo iria para o novo prédio do jornal “O Globo”, na Rua Irineu Marinho, e a “CBN” se estabeleceria no mesmo local onde o jornalismo da TV já está baseado. E, assim, segundo entendimento dos executivos globais, se reduziria custos e aumentaria a sinergia entre as plataformas.

Biografia de Fernando Molica

No blog do jornalista, tem um perfil biográfico que demonstra a alta capacidade do profissional. “Fernando Molica nasceu no Rio de Janeiro em 1961. É autor dos romances “Notícias do Mirandão”, “O Ponto da Partida”, “O Inventário de Julio Reis” (todos publicados pela Record), “Bandeira Negra, Amor” (Objetiva) e do infantojuvenil “O Misterioso Craque da Vila Belmira” (Rocco). Lançou também o livro-reportagem “O Homem que Morreu Três Vezes” (Record), que recebeu menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog. Participou das coletâneas “Dicionário Amoroso da Língua Portuguesa” (Casa da Palavra), “10 Cariocas” (Ferreyra Editor, Córdoba), “O Livro Branco” (Record) e “O Meu Lugar” (Mórula). Foi, por duas vezes, finalista do Prêmio Jabuti. Os romances “Notícias do Mirandão” e “Bandeira Negra, Amor” também foram publicados na Alemanha.

Fernando Molica também é escritor. Foto: Arquivo Pessoal
Fernando Molica também é escritor. Foto: Arquivo Pessoal

Diretor da Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo -, organizou, para a entidade, três coletâneas de reportagens: “10 Reportagens que Abalaram a Ditadura”, “50 Anos de Crimes” e “11 Gols de Placa”. Os livros fazem parte da coleção Jornalismo Investigativo, da Record. Participou da entrevista com Betinho que gerou o livro “No fio da Navalha” (Revan) e tem textos publicados em “O Livro das Grandes Reportagens” (Globo), “Mídia e Violência” (Cesec) e “95 – A Tua Estrela Brilha” (Mauad).

É jornalista formado pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trabalhou nas sucursais cariocas dos jornais “O Estado de S.Paulo” e “Folha de S.Paulo” e foi chefe de reportagem de “O Globo”. Em 1996, foi para TV Globo, onde trabalhou, como repórter especial, para o ‘Fantástico’ e diversos telejornais. Uma de suas reportagens ganhou, em 2004, o prêmio Vladimir Herzog. Em 2008, assumiu o cargo de editor da coluna “Informe do DIA”, do jornal “O Dia”. Escreve, semanalmente, uma crônica para o mesmo jornal, publicada na coluna ‘Estação Carioca’. Por seu trabalho como jornalista, recebeu, em 2009, o prêmio Orilaxé, do AfroReggae. Organizou e coordenou o MBA em Jornalismo Investigativo e Realidade Brasileira da Fundação Getúlio Vargas”.

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