Morte de Chester Bennington alerta sobre sinais de depressão, aponta psicóloga

Chester Bennington. Foto: Reprodução/Facebook Linkin Park

Chester Bennington. Foto: Reprodução/Facebook Linkin Park

O vocalista do Linkin Park, Chester Bennington, foi encontrado morto nesta quinta-feira, aos 41 anos, com sinais de suicídio. Segundo o site americano “TMZ”, o cantor morreu por enforcamento em Los Angeles, na Califórnia. O corpo foi encontrado na manhã desta quinta-feira (20). “A pessoa que pensa em acabar com a própria vida, que planeja o suicídio, pode estar enfrentando um longo período de depressão e alto nível de estresse e desespero” explica a psicóloga e especialista em hipnose clinica Miriam Farias.

Em entrevistas recentes, o cantor revelou que enfrentava uma batalha para superar o vício em álcool e drogas. “A bebida e as drogas agem como um escape para fugir da realidade vivida pela pessoa em depressão, mas que após seu efeito passar, potencializa ainda mais o sofrimento”, explica Miriam. Chester Bennington revelou também ter sofrido abuso sexual dos 7 aos 13 anos. “Pessoas que sofrem abusos sexuais carregam um sofrimento para o resto da vida, é preciso um acompanhamento psicológico para superar a violência, o trauma e o medo”.

“Os traumas decorrentes de situações de abusos, humilhações e até terror psicológico por parte dos agressores gera o Estresse Pós-Traumático (TEPT) que está acompanhado muitas vezes de outros sintomas tais como a depressão, o pânico, dentre outros transtornos de ansiedade. O indivíduo submetido ao TEPT desenvolve um quadro de evitação em relação ao ocorrido. Isso se dá porque ele sente como se estivesse experimentando a situação traumática outra vez. Ocorrem flashes com a presença de pensamentos invasivos e lembranças persistentes, muitos sonhos e até pesadelos sobre o fato ocorrido levando o paciente a reviver a experiência traumática. O indivíduo muitas vezes acorda assustado. Na verdade ele fica preso à experiência traumática como se tudo fosse acontecer novamente a qualquer momento. Isso tudo causa muito sofrimento físico, mental e principalmente emocional, podendo gerar sequelas para o resto da vida de uma pessoa que sofreu com relacionamentos abusivos e doentios”, relata a especialista.

A psicóloga explica sobre os transtornos mentais como a depressão. “O estresse, momentos difíceis que a pessoas esteja passando, pode ser o estopim para alguma doença. Dependendo do nível das crises, ela pode ser tratada com terapias e mudanças de hábitos”, explica a especialista.

Segundo Miriam, diz é tão importante cuidar das emoções quanto da saúde do corpo. “O estresse, ansiedade, depressão, fobias e o pânico, estão chegando a níveis alarmantes, e podem causar sintomas físicos como dores no corpo e principalmente na cabeça, úlceras, cansaço excessivo, insônias, tristeza, desânimo entre outros fatores que influenciam na saúde física e mental. É possível se prevenir e superar a depressão. Para tratar a depressão, procure ajuda de um psicólogo. Nos casos mais graves, é importante um tratamento coadjuvante com um psiquiatra para entrar com medicação”.

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