Sandro Salvatore. Foto: Acervo Pessoal

Sandro Salvatore Giallanza

Economista formado pela Faculdades Integradas Bennett, pós-graduado em Mercado em Derivativos e pós-graduado em Gestão em Projetos, pela Universidade Cândido Mendes. Escritor de publicações sobre Empreendedorismo, Gestão em Projetos, Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Consultor do Sistema Sebrae, das 3 maiores entidades municipalistas brasileiras e de dezenas de prefeituras brasileiras.

O que podemos esperar deste segundo semestre no Brasil

Calendário. Foto: Internet

Calendário. Foto: Internet

Um segundo semestre recheadíssimo de emoções em todos os lados e em todos os fronts.

No âmbito interno as eleições de outubro serão indiscutivelmente as mais acirradas desde 1989 e contará com ingrediente diferenciado, candidatos nos representando em extremos opostos e ideológicos compreendendo da extrema direita a extrema esquerda. Nunca, em qualquer eleição, a representatividade esteve tão acolhida. No entanto, está ampla opção aliada ao desinteresse do eleitor e a insatisfação com os rumos produzidos pelo lamaçal que estamos sendo expostos nos últimos anos podem provocar um efeito nestas eleições totalmente imprevisíveis quando se trata de escolher o candidato que ficará responsável por conduzir o país pelos próximos 4 e decisivos anos do Brasil.

Até outubro o vai e vem das pesquisas eleitorais vai ser amplamente sentido e registrado na precificação dos ativos financeiros, o sobe-desce do dólar demonstrará, ao menos o que os investidores sintam a cada reposicionamentos dos candidatos com propostas consideradas contrárias a solucionar os gravissimos problemas econômicos que serão herdados pelo próximo presidente.

Não bastasse passarmos por uma eleição das mais relevantes para o futuro do país, sofreremos impacto do noticiário internacional também os assuntos em destaque formam uma profunda mudança no ecossistema político, diplomático, social e econômico do planeta.

Esta mudança no eixo do comércio exterior são favas contadas, os Estados Unidos deixaram de lado sua linha de trabalho cooperativo e de alinhamento com seus parceiros próximos quando estiver se tratando de assuntos eminentemente que digam respeito a sustentabilidade socioeconomica do povo norte americano e além disso quando a supremacia americana estiver sendo ameaçada. A condição de maior potência econômica estaria ao alcance da China se nada fosse feito para estancar a corrida que apresentava uma tendência cada vez mais presente da troca de posições no ranking econômico l.

Muitos estão se perguntando, qual o sentido desta preocupação? Quem alcançar a supremacia na economia por tabela alcançará a supremacia bélica, alcança o status de ditar normas no comércio internacional, determina zonas de interesse, posiciona-se estrategicamente para ampliar seus domínios na política internacional dentre outros valores que afetarão a ordem econômica, o mercado do fluxo de investimentos, do câmbio etc. Uma reestruturação na ordem econômica internacional geraria dúvidas sobre as relações comerciais ampliando um debate de consequências imprevisíveis. Este sentimento de dúvida pode exercer influência quanto maior ele impactar durante o período eleitoral nacional.

A globalização sendo aprofundada e radicalizada tendo como protagonistas as duas ainda imbatíveis e maiores potências do planeta, Estados Unidos e China, que vem gestando e operando seus interesses hegemônicos com maestria e este jogo de xadrez tem merecido atenção redobrada dos atores coadjuvantes antenados no tamanho do respingo que lhes afetará.

Chama a atenção a insistentes e determinantes posições individualistas dos norte americanos que não poupam seus parceiros de possíveis críticas e expõe num clima de instabilidade. Já da parte dos chineses a condução das conversas expõe a maestria da paciência oriental de estar com argumento fortíssimo e que pode ser decisivo quando posto na mesa de discussões de que qualquer país não deve e nem possa ser impedido de crescer e se desenvolver e que o modelo da política socioeconômica e de internacionalização da indústria chinesa é determinada por possuir condições competitivas que lhes possibilita centrar seu programa em dois viés poderosos o incrível mercado consumidor local e a impressionante comercialização global de seus produtos que hoje reúnem preço e qualidade como fortes atrativos a agressiva politica adotada no comércio exterior responsável por superávits robustos e consolidados muito diferente da realidade norte americana que produz anualmente déficits na balança comercial fico este que está sendo combatido pelo presidente Trump como um dos eixos que fortalecerá a indústria americana e consequentemente invertendo o fluxo financeiro do comércio exterior norte americano, impactando decisivamente sobre o crescimento mais acelerado do país.

A consequência desta nova estratégia poderá afetar a retomada da economia brasileira e pode retardar a saída do Brasil da crise econômica mais brutal que este país assistiu.

Outro aspecto importante é o uso de tecnologias para a geografia mundial que está sendo responsável por um novo rearranjo no poder global que ainda não demonstrou seu verdadeiro e real impacto sobre a economia planetária. Não há escapatória quanto a previsibilidade do rearranjo que derivará do reposicionamento decorrente desta ordem econômica internacional, a tecnologia vai suprimir empregos todos como desnecessários, quem quiser alcançar maiores índices de produtividade terá indiscutivelmente avançar na implantação de tecnologia que torne as relações produtivas e comerciais mais ágeis, facilitadas e simplificadas que optar por reduzir o ritmo nesta opção estará fadado a ser menos competitivo em todas as instâncias da vida econômica.

Nunca a dúvida esteve tão presente nos estudos dos pensadores e especialistas no planeta. O conselho mais adequado é fugir de posições de risco, pelo menos nos próximos meses, quanto menos você correr riscos nos movimentos de mercado, maior será a proteção contra possíveis perdas que podem azedar a imagem dos gestores dos fundos de investimentos e reduzir o seu poder patrimonial.

Comentários

 




    gl