Sandro Salvatore. Foto: Acervo Pessoal

Sandro Salvatore Giallanza

Economista formado pela Faculdades Integradas Bennett, pós-graduado em Mercado em Derivativos e pós-graduado em Gestão em Projetos, pela Universidade Cândido Mendes. Escritor de publicações sobre Empreendedorismo, Gestão em Projetos, Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Consultor do Sistema Sebrae, das 3 maiores entidades municipalistas brasileiras e de dezenas de prefeituras brasileiras.

De América primeiro para Eu primeiro

Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos. Foto: Kevin P. Coughlin / Gabinete do Governador Andrew M. Cuomo

Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos. Foto: Kevin P. Coughlin / Gabinete do Governador Andrew M. Cuomo

O grande teste ainda está por se revelar em toda a sua dimensão.

Por trás da expressão original “American first” que soube traduzir perfeitamente a opção do programa de governo encabeçado pelo a época candidato republicano Donald Trump, em plena campanha eleitoral, cuja tese reforçou e estimulou o espírito de eleitores conservadores e até mesmo de não conservadores (democratas) que foram alcançados duramente pela política altamente competitiva de penetração no mercado global do avanço Chinês.

A agressividade econômica chinesa somente alçaria voo se fosse suficientemente capaz de sensibilizar os corações e mentes dos consumidores de maior poder aquisitivo, os norte-americanos e os da comunidade europeia.

A indústria símbolo do desenvolvimento e do crescimento americano foi solapada pela estratégia agressiva e competitiva da chegada dos produtos chineses em território americano e europeu e não era para menos. A agressividade econômica chinesa somente alçaria voo se fosse suficientemente capaz de sensibilizar os corações e mentes dos consumidores de maior poder aquisitivo, os norte-americanos e os da comunidade europeia.

A primeira tentativa posta em prática foi o de desqualificar os produtos chineses, num primeiro momento. Este recurso até que justificava uma contra reação dos mercados consumidores norte americanos e a União Europeia, onde se concentrava a fatia de maior expressão do PIB do planeta. A penetração dos produtos chineses sofreu uma resistência que parecia conseguir bloquear o consumo nos dois blocos, estes dois parceiros são responsáveis por 60% da riqueza global.

Com o tempo, este recurso entrou em desuso pela evidência de que os produtos chineses, além de terem preços bem mais competitivos eram seguros e garantidos.

Os produtos chineses foram melhorados e o reflexo é que a China passou a atrair para o seu país investimentos produtivos em ativos fixos vindos de matrizes de indústrias instaladas em solos norte-americanos e europeus, dando surgimento ao processo de desindustrialização no solo americano e da comunidade europeia. Inicia-se uma mudança no peso relativo das economias globais que instigou o crescimento e o desenvolvimento sustentável e constante do PIB Chinês e desfechando um duro golpe nas maiores economias do mundo civilizado.

Voltando para o personagem central da tentativa de criação de uma nova ordem econômica mundial, a vitória de Donald Trump foi exaustivamente questionada à época, como tendo sido beneficiada por ingerências do serviço secreto russo, canceladas por Vladimir Putin através de espionagens que identificaram fatos ocorridos na base da candidata democrata que foram responsáveis por uma reversão das expectativas no apoio de parte do eleitorado de Hillary Clinton e junto aos delegados que são responsáveis decisivos na eleição americana.

A pretensa justificativa de Trump de por em prática a ameaça econômica chinesa poderá ser ameaçada agora pelas relações sombrias entre dois inimigos tido como mortais num passado recente?

As razões por ter sido ressuscitado uma suspeita de favorecimento do governo russo em favor de Trump expõe um outro lado da história, identificada pelo bordão “Me first” ao pé da letra “eu primeiro”, mas no jargão político se traduz “salvar a minha pele”. Até o momento não se tem certo o que está por trás desta suspeita fundamentada, da aproximação de dois eternos adversários na supremacia geopolítica global, os norte-americanos ojerizam e não toleram os russos aos quais intitulam como os inimigos número um da América.

Quais os motivos que seduziram Trump a se aproximar de Vladimir Putin?

Será que promiscuem relações empresariais do ainda empresário Trump?

A segurança dólar América pode sofrer consequências decorrentes desta nebulosa relação?

As cartas estão postas na mesa e seguramente esta historia será alvo de muita investigação pelas autoridades norte-americanas. A pretensa justificativa de Trump de por em prática a ameaça econômica chinesa poderá ser ameaçada agora pelas relações sombrias entre dois inimigos tido como mortais num passado recente?

Os próximos capítulos desta intrigante história virão à tona nos próximos capítulos. O que de fato está posto é que a oposição a Trump se amplia no país inclusive caciques e lideranças do partido republicano questionam o presidente. Abre-se um delicado flanco contra Trump.

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