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A pauta bomba, o legado irresponsável

Congresso derruba veto e mantém refinanciamento de dívidas de microempresas. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Congresso Nacional. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom – Agência Brasil

Já não bastasse estarmos passando por um resistente processo de dificuldades econômicas que em seu quinto ano ainda vem impondo intranquilidade e insegurança para a população. Nesta semana fomos premiados pelo Congresso Nacional com um presente que cairá sobre nosso colo e contribuirá em alavancar o tamanho da dificuldade na economia brasileira.

A reversão das expectativas que projetavam no final de 2017 um ano mais positivo foi totalmente contrariada, principalmente por alguns e determinantes aspectos conjunturais:

1) continuidade e aprofundamento da operação Lava Jato, esta evidência teve e continuará a pesar na vida nacional, se por um lado nos envergonha estarmos tomando conhecimento das entranhas das relações promíscuas envolvendo a iniciativa privada e o setor publico nas suas três instâncias, expõem irretocavelmente o engendrado plano de dilapidar o patrimônio público em favor do enriquecimento dos agentes públicos que exercem suas prerrogativas justamente para fortaleceram a economia nacional e melhorarem a qualidade de vida dos brasileiros.

Graças a brasileiros que nos representam no judiciário, na segurança pública, no legislativo e no executivo estamos conseguindo trazer a tona para as barras da justiça julgamentos de autoridades públicas e mesmo que ainda não seja o que gostaríamos que fosse mas muitos destes poderosos foram condenados e cumpriram e cumprirão as penalidades que lhes foram atribuídas. A segunda influência derivada da Lava Jato é a criação de um clima de desconfiança que se propagou pela cadeia produtiva proveniente da seletividade exercida pelos agentes econômicos em se preservar de operarem com determinadas corporações a fim de evitar quaisquer desconfianças que pudessem prejudicar a sobrevivência destas empresas. Esta precaução exerceu fator limitante e inibidor na evolução da economia.

2) Greve dos caminhoneiros, uma variável desconhecida e impensável pelos agentes públicos e privados responsável por um impacto que além de ter recuado no aspecto financeiro, derrubou alguns pontos na variação positiva di crescimento econômico.

3) as eleições gerais, aceitemos ou não mas as regras rígidas e necessárias para o financiamento das campanhas está sendo responsável pela redução na dinamica na economia.

As grandes corporações estão receiando, e com razão, se exporem a quaisquer desvios que possa expor e comprometer a sobrevivência da empresa e evitarem se expor para as autoridades públicas. De fato, as autoridades estão bem mais atentas e vigilantes, em detectar possíveis manobras e operações escusas e certamente passou a ser um fator inibidor reduzindo a circulação financeira.

4) e, por fim, nesta semana, nossos representantes no legislativo resolveram descaradamente complicar literalmente qualquer esforço que vinha sendo feito pela equipe econômica, lançaram uma “pauta bomba” que irresponsavelmente aprovou medidas, da noite para o dia, responsáveis por um impacto fiscal de nada mais nada menos, R$ 70 bi, ora depois de tantos reveses na economia vêm nossos legisladores e resolvem se rebelar contra o governo? A resposta é não, o que estava em jogo, e é a raiz disso tudo, é conceder benefícios e vantagens que possam lhes render votos para que não venham a correr risco de não serem reeleitos em outubro próximo. Um expressivo nunero de politicos corem o risco de não serem reeleitos e de serem condenados pela justiça aumentando sobremaneira a propensão de serem presos, salvar o pescoço foi o fator determinante para a aprovação desta “pauta bomba”.

Esta irresponsabilidade no exercicio de um cargo público alçados pelo voto popular e um desrespeito para com aqueles que confiaram nos propósitos destes políticos.

Este exemplo nos remete a redobrarmos nossa atenção e nos obriga a avaliar os melhor na escolha do nosso representante para os legislativos. Pesquisar a vida e o trabalho dos candidatos e obrigação para evitarmos sufragar candidatos que não nos representam. Não podemos reconduzir candidatos por onde pairam suspeitas ou condenações seria como atestar a corrupção que tanto nos prejudica e principalmente o futuro do país e das futuras gerações.

Na economia o prejuizo resumtante da aprovação da “pauta bomba” não será somente de imediato o rombo na ordem dos R$ 70 bi, impactará aunda mais na complicada gestão fiscal que nos ultimos 4 anos causou um déficit acumulado de R$ 600 bi.

Este filme é típico e recorrente em meses pre eleitorais, mas a referência que traduz este estado de coisas é o descalabro nas relações entre os três poderes que mancham e também exercem influência sepultando, por ora qualquer expectativa de reversão positiva na economia neste ano e estenderá e comprometerá 2019.

Quanto maior for a insegurança institucional e nas relações no ambiente legal menor será a confiança do investidor em aportar investimentos produtivos necessários e imprescindíveis para a criação de um ciclo virtuoso para a nação.

Lamentavelmente 2018 o próximo governo tomará posse e comprometerá pelo menos 2019/2020 para combater o legado negativo deixado pelas ultimas administrações comprometendo, pasmem, sete anos do futuro do Brasil um pesado fardo imposto aos brasileiros. Só nos testar orar e fazer a nossa parte nas próximas eleições iniciar bem um projeto é parte resultante no resultado.

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