Boas novas para 2018!

Como já havia sido divulgado pelo ministro do planejamento Dyogo Oliveira, no final do ano passado, os concursos públicos este ano serão muito mais numerosos do que em 2017. No ano passado, somente os concursos de extrema urgência foram autorizados, havia um contingenciamento severo por causa da grave crise fiscal do governo federal. A crise fiscal não foi superada, mas o serviço público não pode entrar em colapso. Muitas entidades, órgãos e empresas públicas estão no limite mínimos de pessoal para garantir a prestação do serviço público. São muitas as sinalizações que indicam a chegada desse limite. Veja algumas delas:

O Tribunal de Contas da União (TCU) se pronunciou em novembro do ano passado sobre a necessidade de contratação de auditores fiscais, analistas e técnicos da Receita Federal. Segundo o TCU, há um déficit de 17.126 servidores. Essa é uma das causas da redução da arrecadação do pais. Ainda segundo o TCU, há auditores e analistas realizando trabalho administrativo, o que encarece muito o serviço e reduz a eficiência.  Essa é uma grande indicação de que o concurso da Receita Federal está se aproximando. Esse é um concurso concorrido e que demanda uma preparação com bastante antecedência.

O diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias, afirmou no segundo semestre de 2017 a existência de 2.800 cargos vagos e esse número deve aumentar consideravelmente no ano de 2018 por causa de mais 3600 policiais que atingem o requisito mínimo de aposentadoria. Segundo o diretor, a PRF pode atingir um déficit de 7.000 policiais, o maior da história de corporação. A PRF tem um pedido de contratação de 1300 policiais sendo avaliado pelo ministério do planejamento e há uma grande expectativa para que essa aprovação ocorra logo e já fez todos o estudo necessário para o concurso, sendo aprovado, podem iniciar diretamente a seleção da banca organizadora e na sequência publicar o edital. O cargo de policial rodoviário federal exige nível superior, qualquer formação e costuma ser um concurso bastante concorrido, o que obriga o interessado a iniciar o estudo com grande antecedência.

Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, a situação do Banco Central é caótica. O órgão conta com mais de 20% dos cargos vagos e a tendência é piorar por causa das aposentadorias. Por causa desse déficit, segundo o sindicato, alguns serviços não essenciais já começam a não ser prestados.

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (PENAPEF), Luis Antônio de Araújo Boudens, informou recentemente que a Polícia Federal tem um déficit de 13.300 servidores. Desse quantitativo, 5.300 são do cargo de Agente Administrativo. Nos últimos anos, quatro mil policiais deixaram o departamento em virtude de aposentadoria ou outros motivos, sem que esse quantitativo tenha sido reposto. Mas quem fala isso não é só o sindicato,  segundo informou o Tribunal de Contas da União (TCU), a PF está com efetivo insuficiente para combater os ilícitos praticados nas regiões de fronteira.  Já existe um pedido de contratação e demanda apenas a liberação de verbas do ministério do planejamento, já que a Polícia Federal tem autonomia para autorizar o próprio concurso. O atual pedido possui vagas para agente, delegado e perito, todos exigem nível superior do candidato.

O Ministério Público da União (MPU) tem um déficit atual de 1626 servidores, sendo 481 técnicos administrativos e 1145 analistas em direito. O concurso está autorizado e as demandas levantadas, já que a validade do concurso anterior já terminou e com isso nenhuma contratação pode ser feita. Hoje, esse concurso precisa da autorização da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para avançar na organização.

Esses são alguns dos concursos que podem ocorrer esse ano por causa da carência de servidores. A expectativa não é de liberação de grande número de vagas em cada um deles, por ser esse o último ano do atual governo. O que imagino, são contratações suficientes para manter o funcionamento mínimo dos órgãos esse ano e com o passar do bastão da Presidência da República, o problema terá que ser resolvido na próxima gestão. Muitas oportunidades surgirão, mas a concorrência será grande por causa da expectativa de oferta de vagas. Isso exige uma melhor preparação do candidato e uma antecedência maior no estudo. Para garantir uma boa colocação, o candidato deve começar a se preparar o mais rápido possível.

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