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Mercado da moda esportiva movimenta mais de R$ 1 trilhão em todo o planeta

As quatro grandes marcas da indústria de material esportivo. Foto: Claudio Nogueira

Somente no ano passado o setor da indústria do esporte dedicado à venda a varejo de material e produtos esportivos movimentou, mundialmente, valores da ordem de US$ 260 bilhões, ou seja R$ 1,015 trilhão. Desse montante, as indústrias de material esportivo movimentaram US$ 82 bilhões, ou seja, R$ 320 bilhões. As líderes do mercado são Nike, Adidas, Under Armour e Puma. Os dados são da consultoria brasileira Sports Value, especializada em marketing esportivo, que divulgou nesta quinta-feira um detalhado estudo sobre tal mercado.

Mundialmente, a Nike é a líder, com US$ 34,4 bilhões (R$ 134,3 bilhões), seguida pela Adidas, com US$ 24 bilhões (R$ 93,7 bilhões); Under Armour, com US$ 5 bilhões (R$ 19,50 bilhões) e Puma, com US$ 4,7 bilhões (R$ 18,3 bilhões). Somadas, as quatro grandes ocupam uma fatia de 83% do mercado global de fabricantes de material e produtor esportivos, somando juntas US$ 68 bilhões (R$ 265,4 bilhões).

Para que se tenha uma ideia da grandeza desses números, em 2016 a indústria do esporte – que inclui os salários dos maiores atletas de todos os esportes; patrocínio a eventos e clubes; licenciamentos; direitos de TV; venda de material esportivo; venda de entradas para jogos, entre outras coisas – fez circular em todo o planeta US$ 720 bilhões, o equivalente a praticamente R$ 3 trilhões.

Além de produzirem roupas para a prática de atividades físicas, profissionais ou não, estas empresas também são criadores de moda esportiva, de um estilo de vida, ou maneira de se vestir ou de calçar no dia-a-dia. Nike e Under Armour são americanas; Adidas e Puma, alemãs. Conforme o mesmo estudo, o crescimento das vendas nesse mercado tem-se intensificado de forma muito clara nos últimos 16 anos.

A indústria do material esportivo apresentou seu grande boom nos anos 80, graças à difusão internacional do conceito esporte e saúde, o que levou muitas pessoas a abandonarem o sedentarismo e a praticarem atividades físicas nos fins de semana.

Outro aspecto muito relevante foi a profissionalização do esporte espetáculo, gerando bilhões em novas vendas. O mercado de diretos de TV, patrocínios, vendas de produtos, consumo nos estádios e novas mídias cresceu em paralelo à profissionalização dos times e ligas. Atualmente, os mercados de EUA e Europa concentram cerca de 75% do volume global, ao passo que na América Latina são efetuadas apenas 6% das vendas.

Para o crescimento desse mercado, em âmbito mundial, muito contribuem a já tradicional força americana ao crescimento da emergente China.

Há décadas a Adidas liderava esse mercado, tradicionalmente, antes de ser ultrapassada pela Nike nos anos 90. Mas ainda reduziu um pouco sua desvantagem em relação à rival americana ao adquirir a inglesa Reebok, em 2006. Naquele ano, a alemã das três letras elevou seu faturamento e 52%. Entretanto, a Nike, que na temporada de 2017/2018 substituiu a concorrente como fornecedora de material esportivo da NBA, vem-se sustentando no topo do pódio.

Também alemã, a Puma, que ocupava o terceiro degrau desse pódio, acabou perdendo a vaga para a americana Under Armour, que se encontra em ascensão impressionante. Levando-se em conta os anos de 2016 e 2017, é possível perceber que esta cresceu 25%, contra 22% da Puma. Provavelmente verifica-se aí um dos motivos dessa subida da Under Armour. Já Nike aumentou suas vendas em 12%, e a Adidas, em 26%.

Em seu estudo, Amir Somoggi, diretor da Sports Value, levou em conta as estratégias de marketing das maiores marcas, suas ações comerciais, seus cases (exemplos ilustrativos) e suas posições como benchmarks (referências de sucesso).

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