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Governo Federal inicia criminalização do movimento estudantil contrário à PEC 241

A cada dia, aumenta o número de escolas que vão sendo ocupadas pelo Brasil a fora, por parte do movimento estudantil.

Já ultrapassa o número de mil estabelecimentos educacionais.

A estratégia de ignorar e fazer de conta que nada está acontecendo começa a ser repensada e o Governo Federal estuda e começa a colocar em curso uma ação nada democrática e inteligente.

Diante da impotência política de dar resposta à questão, o ministro da Educação, Mauro Mendonça, está deslocando a responsabilidade desta tarefa de sua pasta para o Ministério da Justiça, entendendo que é no campo da segurança pública que vai resolver a situação.

Por ordem do Ministério da Educação, os colégios vinculados à administração pública federal começam a fazer um mapeamento dos nomes dos estudantes e construindo uma lista que será entregue ao Ministério da Justiça.

Chega à notícia através das mídias sociais que na última quinta-feira (27) o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) Ritley Alves foi preso em Anápolis e que, em Tocantins, na ocupação da Escola Dona Filomena Moreira de Paula, na cidade de Miracema, foram presos 26 estudantes por parte das forças de segurança nacional.

Sabe-se que a maior preocupação do Governo Federal é que dois fatos se convirjam neste momento de votação da PEC 241 no Senado.

Se o movimento de ocupação segue sua trajetória crescente e o presidente do Senado, Renan Calheiros, leve a cabo sua ameaças que a votação só sai quando o ministro da Justiça for exonerado, a PEC 241 não será votada e aprovada.

Assim, a criminalização do movimento estudantil que ocupa as escolas é a medida mais rápida para fazer estancar o desgoverno que se anuncia.

Quem vai pagar o preço de tudo isso serão os centenas de milhares de jovens que apanharam da polícia, respondendo processos criminais e de atos infracionais.

Como se vê, a falta de futuro da PEC 241, agora se soma à ausência de presente, pois tudo vai se sacrificando em nome de uma agenda econômica violadora de direitos humanos.

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