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De quem é o pavilhão? O alerta para fugir de um trecho escuro com final melancólico

Escuridão. Foto: Reprodução

Ednei Mariano traz novo texto em sua coluna no portal SRzd.

As publicações são semanais, sempre às sextas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!

De quem é o pavilhão? O alerta para fugir de um trecho escuro com final melancólico

Começamos nossa crônica desta semana munidos de um espírito, movido por estarmos há muito nesta área e ter vivido grandes tempestades.

Erramos muito e sabemos que o preço a pagar é alto.

Falamos para o nosso povo que se multiplica ano a ano através dos cursos de formação e muita informação nas redes, visando o entendimento pleno da nossa proposta.

Aqui, registro; nenhuma pitada de excentricidade ou egoísmo, e sim, um alerta.

Alerta para não fazerem deste rico caminho um trecho escuro, com final melancólico.

Os casais, experientes ou iniciantes, estão muito mais exposto em relação aqueles das décadas de 70, 80 ou 90. Este milênio é o do imediatismo.

Portanto meu alerta vai diretamente para vocês. Como os antigos são formadores de opinião, aconselhor que; uma atitude negativa, pode induzir muita gente ao erro. Temos de ter cuidado com os modismos, antes de aceitá-los. Verificar se o novo cabe na posição que cada um destes nobres dançarinos ocupam.

Todos os passos são acompanhados, muitas vezes imitados, mas sabemos que mesmo com os exercícios obrigatórios, cada corpo tem sua linguagem, então olhem para si e entendam se o movimento fica bem.

Muitos, com a atitude de copiar, acabam caindo no ridículo. Cuidado!

Aproveito e proponho outra reflexão: De quem é o pavilhão?

Hoje vemos muitos se colocarem como proprietários do símbolo maior da entidade. E eu lhes digo; acordem!

Lembrem-se que muitos estiveram nesta posição antes de você e que outros virão, e a história da entidade continuará.

As pessoas nesta posição devem entender que estão, e não imaginar, que são. Ocupam uma função, e não se ocupam dela.

Preparem-se para quando chegarem ao posto de primeiro, honrem o cargo. Os demais integrantes do quadro têm de ter consciência de que terão muito trabalho pela frente, e a melhor arma, é a dança, não a traíragem, cada vez mais comum em nosso meio.

O primeiro casal está no degrau mais alto da hierarquia, mas também o ultimo, dali, ele abrirá espaço para seus sucessores. Deve encerrar sua jornada com dignidade para ser lembrado, não só pelo desempenho, mas principalmente pelas atitudes.

Devem unir-se aos dirigentes, ter respeito pelo cargo que ocupam e primarem pela postura.

Se hoje somos ouvidos em alguma medida, é porque muito foi feito até aqui. E só haverá mais avanço se os dirigentes sentirem unidade em favor da cultura.

Assim, o bem maior de nossas entidades estará sempre tremulando. Através dele, nossa proteção e a nossa dignidade. Tudo num “pedacinho” de pano, tão gigante e representativo.

Nele está a origem dos nossos irmãos, desde o coração da ancestral na África.

Tudo na nossa dança tem significado, vamos honrar o que foi escrito em páginas de ouro e deixado como legado para todos vocês.

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