Sandro Salvatore. Foto: Acervo Pessoal

Sandro Salvatore Giallanza

Economista formado pela Faculdades Integradas Bennett, pós-graduado em Mercado em Derivativos e pós-graduado em Gestão em Projetos, pela Universidade Cândido Mendes. Escritor de publicações sobre Empreendedorismo, Gestão em Projetos, Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Consultor do Sistema Sebrae, das 3 maiores entidades municipalistas brasileiras e de dezenas de prefeituras brasileiras.

Custo Brasil, o vilão do crescimento econômico

Custo Brasil. Foto: Divulgação

Custo Brasil. Foto: Divulgação

Por onde se lance nossos olhos encontraremos argumentos fortes para justificar o marasmo e o comodismo que assola o desempenho da nossa economia –  uma coisa corriqueira na rotina brasileira, mas que não pode continuar.

Não sobram motivos para justificar a persistência e o medíocre crescimento econômico. Mesmo sendo um governo tampão se tivesse imbuído de espírito de executivo público teria aproveitado a oportunidade quando assumiu e teria priorizado mudanças na economia com vistas de se aproveitar do clima reinante que apostava em dias melhores para o país.

Todas as suas prioridades não foram à frente porque o governo atual estava imobilizado e com o pé na lama fruto das denúncias de favorecimento ilícito que não resultaram em nada em termos de condenação, mas que foram responsáveis pela fatura nas costas do povo brasileiro.

Somos sugados literalmente nas nossas barbas. Enquanto não nos mobilizarmos e requerermos nossos direitos de cidadãos estaremos pactuados com tudo isto que aí está.

Alto endividamento das empresas e da população reflexo na retração da demanda geral e baixo desempenho educacional no ranking de 38 países analisados. Estamos na penúltima colocação. Senão revolucionarmos a formação, nossas duas próximas gerações estarão comprometidas. Justiça seja feita às últimas medidas: ensino integral e o conteúdo programático único já foram um bom avanço,  mas precisamos de mais na educação. Consequência: a taxa interna de retorno é desfavorável para a sociedade brasileira e as famílias têm que assumir mais despesas financeiras retraindo ainda mais o poder de compra familiar.

Saúde pública agonizando, obrigando o brasileiro para não correr o risco de ficar na mão ter que contratar planos de saúde privados caros e inoperantes para trazer alguma cobertura na hora que precisar.

Carga tributária que se abate sobre a sua renda alcança inacreditáveis 41%. Se ao menos tivéssemos contrapartidas poderia justificar tamanha tungada.

Excessivo número de sindicatos  – 17.289 em todo o país – gera um custo desnecessário e impositivo. Nenhum país se assemelha e nem ostenta tamanha desfaçatez.

Burocracia pública, horas exigidas para solucionar exigências tributárias absurdas: 2.600 horas, uma das maiores do planeta.

Custo das linhas bancárias de financiamento, o que no passado era intitulado como agiotagem, está oficializado pelo beneplácito consentimento de quem deveria estar lutando em favor da população, o governo. Os agiotas têm CNPJ, declaram ao Imposto de Renda, têm endereço e lucram em termos relativos e absolutos comodamente e sob o beneplácito reconhecimento do governo.

Somos sugados literalmente nas nossas barbas. Enquanto não nos mobilizarmos e requerermos nossos direitos de cidadãos estaremos pactuados com tudo isto que aí está.

Falta união, coragem, determinação e perseverança para exigirmos o que de fato é preconizado na Carta Magna, mas na prática é uma pintura de parede – só serve para ser admirada. Reduzir o Custo Brasil é necessário e urgente, caso contrário veremos as relações sociais se deteriorarem. Impacto mais latente é o crescimento da violência urbana e a insegurança insuportável, só para citar um dos poucos reflexos que passaremos a assistir.

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