Rio de Janeiro vai receber 10 mil atletas nos Jogos Pan-Americanos Masters em 2020

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Com a expectativa quanto às presenças de 10 mil atletas e 25 mil turistas e uma movimentação financeira da ordem de R$ 150 milhões na economia local, o Rio de Janeiro vai sediar mais um grande evento esportivo, daqui a menos de dois anos, os segundos Jogos Pan-Americanos Masters, para atletas não-profissionais com mais de 30 anos. A celebração esportiva irá incluir 26 modalidades, nas mesmas regiões da Olimpíada e Paralimpíada de 2016, na Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã e Copacabana, entre os dias 4 a 13 de setembro de 2020.

O contrato de realização dos Jogos foi realizado no último dia 10 de outubro, entre o prefeito carioca, Marcello Crivella; o presidente da International Masters Games Association (entidade mundial que rege as modalidades e competições masters), Kai Holm; o dirigente do Comitê Brasileiro para o Esporte Master (CBEM), o nadador Djan Madruga; além dos subsecretários do Legado Olímpico, a ex-nadadora Patricia Amorim, e de Eventos, Rodrigo de Castro. Ainda na ativa como atleta master, Djan Madruga, dirigente do CBEM e do Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos Masters, ressaltou a importância deste evento para o esporte brasileiro nessa categoria:

“Será tremenda, pois teremos enorme repercussão na mídia, o que já começou, muita gente começará a praticar o esporte master e com isso criaremos um grande movimento voltado para melhorar a saúde do público adulto e idoso.”

À semelhança dos que já ocorreu na Paralimpíada, o público carioca e brasileiro irá assistir a várias histórias e exemplos de superação. Agora no evento dos masters, em que há até mesmo participantes que superaram a incrível barreira dos 100 anos de idade.

“Os atletas de nome virão, haverá por exemplo ex jogadores da NBA, medalhistas Olímpicos de algumas modalidades, mas eles serão minoria, as grandes estrelas serão os atletas com mais de 90 anos de idade. Por exemplo nos últimos Jogos Mundiais na Nova Zelândia a estrela foi uma atleta indiana Man Kaur de 101 anos que ganhou os 100m e 200m rasos no atletismo”, enfatizou Djan.

Segundo ele, embora Man Kaur seja de um país que não integra a América, ela e outros atletas de outros continentes poderão competir no evento carioca:

“Do Brasil, estamos conversando com vários medalhistas olímpicos. Eles estão sendo convidados para participar, e mais à frente vamos confirmar alguns nomes assim que eles derem o OK. Acima de tudo, queremos passar ao público o nosso slogan: ‘Somostodosmasters’ .

Outro ponto importante na realização dos Jogos será o aspecto de rememorar os quatro anos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, reutilizando as arenas utilizadas no maior evento da humanidade.

“Este novo megaevento mostrará ao mundo e aos próprios brasileiros que as arenas da Rio-2016 estão sendo preservadas e que existe um legado olímpico a ser utilizado. Mas agora pela população comum. Haverá um público principalmente familiar que terá acesso gratuito, pois não cobraremos ingressos. O evento será custeado com recursos viabilizados pela Prefeitura do Rio, através dos patrocínios público e privado”, antecipou Djan.

Foi no ano passado que Rio superou as candidaturas das cidades colombiana de Cáli e americana de Cleveland, para assegurar direito de sediar um dos eventos continentais da IMGA. Mas por pouco a cidade brasileira não desperdiça a oportunidade. Em julho, o CEO (diretor executivo) da IMGA, Jens Holm, teve de enviar um ultimato à Prefeitura estabelecendo o fim do mês de setembro como limite para a assinatura do contrato de realização dos Jogos, ameaçando até mudar a sede dos mesmos. Isso despertou a Prefeitura, que se apressou em assinar o contrato e honrar os compromissos financeiros necessários, com US$ 100 mil (cerca de R$ 378 mil), oriundos dos royalties do petróleo. A IMGA organiza também os Jogos Mundiais Masters, cuja próxima edição será em Kansai, no Japão, entre 14 e 30 de maio de 2021. A primeira edição do Pan Masters havia sido em Vancouver, Canadá, e a mais recente dos Jogos Mundiais foi em Auckland, na Nova Zelândia, em 2017.