Rock in Rio 2017: primeiras impressões

Aerosmith. Foto: Divulgação

Aerosmith. Foto: Divulgação

Ah, os anos ímpares! Anos que até pouco tempo eram relegados a intervalos entre Copas do Mundo e Jogos Olímpicos tornaram-se atraentes, ao menos para este admirador do evento, devido ao Rock in Rio. Ocorrendo a cada dois anos desde 2011, o Festival assume o risco de perder um pouco de sua graça e, principalmente, de ter que repetir atrações para que não haja uma queda no interesse popular. Convenhamos que o intervalo é bem curto pra que surjam com frequência atrações novas ou inéditas. Contudo, o Rock in Rio tenta se reinventar. A novidade para este ano é a mudança no local. Sai do Parque dos Atletas e pousa no Parque Olímpico. Confesso que já havia me afeiçoado ao antigo local, por mais que o acesso fosse péssimo e a área fosse meio torta, deixando as atrações meio que mal espalhadas lá dentro. A nova locação é bem maior e promete uma chegada e saída bem mais tranquila aos frequentadores.

Quanto às atrações, houve uma demora maior na divulgação de nomes com relação às outras edições, acredito que por influência dos Jogos realizados por aqui no ano passado. Falar de outro evento enquanto a cidade respirava o clima olímpico não seria uma estratégia das mais inteligentes. Depois que a poeira baixou, começaram a pipocar os nomes. De novo e interessante no Palco Mundo, apenas Lady Gaga e The Who. A primeira, mais pelo espetáculo visual do que por sua música. Os segundos, pela história, pela música, por Pete Townsend, por Roger Daltrey, por tudo. Uma grande pena não terem arrumado uma noite para serem headliners. Abrirão para o Guns’n’Roses e, provavelmente, terão cerca de uma hora de palco. O Guns, por sua vez, vem renovado, com muito mais gás do que a última aparição no festival, no decepcionante encerramento da edição 2011. Com Slash de volta, fizeram um excelente show no Engenhão no fim do ano passado.

Dentre os nomes repetidos, acho interessante o retorno de Justin Timberlake. O ex-N’Sync, protagonizou um grande show que me arrependo de não ter visto quatro anos atrás, apesar de não ser grande admirador de seu estilo musical. Boas também são as escalações de Aerosmith e Maroon5. Tyler e sua galera são garantia de coisa boa. É certo que já pisaram por aqui em outras situações, mas nada a ponto de gerar um desgaste, como é o caso do Red Hot Chili Peppers, que fechará a última noite. Adoro, mas chega.

A banda de Adam Levine esteve por aqui na edição de 2011, mas se apresentou numa noite fechada pelo antológico show do Coldplay. Desta vez é a atração principal da noite. Confesso que perdi bastante o interesse por eles depois que entraram na enfadonha onda do tstum tstum tstum. Mesmo assim, aposto num bom momento.

Quanto ao Bon Jovi, torço apenas para que tragam algo menos vergonhoso do que o apresentado em 2013. Sem Sambora, sem Tico Torres (que teve uma crise de vesícula dias antes), sem alma, com um setlist equivocado e com Jon chutando várias notas na trave, mesmo descendo o tom de quase todas as canções, o que se viu foi um espetáculo lamentável que nem os fervorosos fãs perdoaram.

Algumas noites ainda não tiveram seu line up definido. Entre os nacionais, Ivete Sangalo, Frejat e Skank baterão o ponto novamente. Acho interessante o retorno Offspring desta vez no Mundo, já que em 2013 fechou bem demais uma noite no Sunset. A escalação de Billy Idol, que esteve na segunda edição, no Maracanã em 1991, é, no mínimo, curiosa. Há algum tempo não se ouve falar no Supla original e acredito que seu show ainda possa render uma boa diversão.

Os outros nomes confirmados agradam a nichos. Shawn Mendes, Fergie, Alter Bridge e 5 Seconds of Summer devem reunir um bom aglomerado de fãs em frente ao palco enquanto a maior parte do público aguarda a atração principal da noite.

Sobre o Sunset, ainda com poucos nomes confirmados, deixemos para outro post. Mas já adianto que adorei Ney Matogrosso + Nação Zumbi, Blitz, CeeLo Green e Chic. Aguardemos!

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