Claudio Francioni. Foto: Nicolas Renato Photography

Claudio Francioni

Carioca, apaixonado por música. Em relação ao assunto, estuda, pesquisa e bisbilhota tudo que está ao seu alcance. Foi professor da Oficina de Ritmos do Núcleo de Cultura Popular da UERJ, diretor de bateria e é músico amador, já tendo participado de diversas bandas tocando contrabaixo, percussão ou cantando.

Crítica: Show dos Paralamas do Sucesso, no Rio

Paralamas. Foto: SRzd/Juliana Dias

Paralamas. Foto: SRzd/Juliana Dias

É sempre um prazer voltar ao Vivo Rio. Casa aconchegante, de fácil acesso e bom som. Dessa vez, Paralamas, um dos pilares mais fortes do rock nacional.

No show de lançamento de “Sinais do Sim”, seu décimo-terceiro álbum de estúdio, Herbert, Bi e Barone deixaram claro que ainda curtem levar um som juntos, apesar de quase 35 anos de convivência. Vale lembrar que, de todas que surgiram nos anos 80, a banda é a única que se manteve exatamente com a mesma formação desde que estourou no país inteiro. Nas duas primeiras canções do show, “Sinais do Sim” e o ótimo pop-rap “Itaquaquecetuba”, ambas novas, o trio aparece sozinho no palco. O tecladista João Fera, o trombonista Bidu Cordeiro e o saxofonista José Monteiro Jr. aparecem a partir de “Meu Erro” e, enfim, o público entende que a festa começou.

Paralamas. Foto: SRzd/Juliana Dias
Paralamas. Foto: SRzd/Juliana Dias

A noite segue alternando sucessos com faixas do novo trabalho. No setlist apareceram algumas músicas que a banda raramente executa ao vivo, como “Capitão de Indústria”, de Marcos e Paulo Sérgio Valle, gravada no álbum “Nove Luas”, de 1996, e “Viernes 3 AM”, versão de Herbert para a original de Charly Garcia, incluída em “Hey Na Na”, de 1998.

O momento cômico do show se deu quando o cantor apresentou os três músicos de apoio se esquecendo que, naquele momento, a dupla dos metais não estava no palco. Bidu Cordeiro brincou e botou a cara lá da coxia para um tchauzinho. Algumas canções mais tarde, Herbert repetiu a apresentação.

A sequência “O Calibre”, “Selvagem?”/”O Beco” e “Medo do Medo” colocou o dedo na ferida do carioca abordando a temática da violência urbana e das noias geradas por ela. Boa surpresa foi a instrumental “Bundalelê”, gravada em “Bora-Bora”, álbum que completa trintinha no ano que vem.

Uma iluminação caprichadíssima que dialogava com as imagens do telão foram o pano de fundo perfeito para um Herbert de voz limpa, um Bi tímido e mais grave do que nunca e um Barone monstruoso como de costume.

Paralamas. Foto: SRzd/Juliana Dias
Paralamas. Foto: SRzd/Juliana Dias

Faltaram muitos clássicos, claro. Show de lançamento de álbum é assim mesmo e há de se entender o contexto. E nesse, o Paralamas foi o gigante de sempre.

Veja aqui mais fotos do show

Setlist

1-Sinais do Sim
2-Itaquaquecetuba
3-Meu Erro
4-Loirinha Bombril
5-Capitão de Indústria
6-Uns Dias
7-A Outra Rota
8-Soldado da Paz
9-Viernes 3 AM
10-O Calibre
11-Selvagem? / O Beco
12-Medo do Medo
13-Saber Amar
14-Busca Vida
15-Aonde Quer Que Eu Vá
16-O Amor Não Sabe Esperar
17-Sempre Assim
18-Lanterna dos Afogados
19-Caleidoscópio
20-Olha a Gente Aí
21-A Lhe Esperar
22-Uma Brasileira
23-Ska
24-Vital e Sua Moto
25-Alagados

Bis
26-Bundalelê
27-Teu Olhar
28-Cuise Bem do Seu Amor
29-Óculos

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